Números da covid-19 em Nova York estão 'na direção certa', diz prefeito
Bill De Blasio diz que estatísticas da covid-19 na cidade, o epicentro da pandemia nos EUA, estão mostrando os resultados das políticas de contenção
Saúde|Da EFE
A cidade de Nova York, o epicentro da pandemia de coronavírus nos EUA, está avançando "na direção certa", a julgar pelos números de casos confirmados, pacientes hospitalizados e em tratamento intensivo, disse nesta segunda-feira (13) o prefeito Bill de Blasio, que pediu para que a população que mantenha o esforço para conter a propagação.
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Em entrevista coletiva, De Blasio anunciou que divulgará esses três indicadores com uma "diferença de 48 horas" para que estejam completos, e revelou que 383 pessoas foram hospitalizadas no sábado (463 no dia anterior); 835 pacientes foram admitidos na UTI (857 no dia anterior) e a porcentagem de positivos entre as pessoas que tinham sido testadas foi de 58,1% (59,3% no dia anterior).
"Tenho o prazer de informar que vemos todos os indicadores a avançar na direção certa, todos descendo em conjunto. É um bom dia, é o primeiro dia. Temos de continuar a trabalhar em conjunto para mantê-los na direção certa e quero que todos levem isto como algo pessoal. Os números são abstratos, mas representam seres humanos", explicou.
Conscientização e isolamento
Segundo De Blasio, a prefeitura de Nova York investiu até agora US$ 8 milhões (cerca de R$ 41,4 milhões) em uma campanha midiática de sensibilização e anunciou uma nova que terá início nesta semana e que visará "as comunidades mais afetadas" pelo vírus, para a qual espera um investimento ainda maior, de US$ 10 milhões (cerca de R$ 52 milhões), e ações por parte de grupos sociais.
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O prefeito agradeceu aos residentes pelo cumprimento das medidas de distanciamento social e disse que a partir desta semana poderão enviar fotos de infratores às autoridades através de um aplicativo.
No entanto, disse que a cidade está em fase de "transmissão generalizada" do novo coronavírus que, segundo estimativas, só se tornará "baixa" a partir de junho, o que o levou a reafirmar a decisão de fechar as escolas públicas até ao próximo ano letivo, o que gerou um impasse com o governador, Andrew Cuomo.
"Este mês é de transmissão ampla e o próximo mês, provavelmente maio inteiro, também. Em junho, espero que passemos à fase seguinte, o que coloca as escolas em perspectiva. É muito incerto quando começaremos a percorrer esse caminho, e o que faz sentido é fechar as escolas", disse De Blasio, que atribuiu a sua decisão a recomendações de especialistas.