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O impacto do frio na saúde da pele: especialistas alertam sobre doenças dermatológicas no inverno

Baixa umidade relativa do ar e banhos quentes estão entre as causas de agravamento de uma série de condições

Saúde|Giovanna Borielo, do R7

O inverno chegou, e a queda das temperaturas reflete em inúmeras áreas da saúde populacional, inclusive na pele. De acordo com a dermatologista Isadora Rosan, algumas doenças de pele tendem a se agravar nesse período devido à combinação de fatores: o próprio frio, a baixa umidade do ar, banhos quentes e a exposição a ambientes aquecidos e secos.

Entre as doenças que podem piorar durante o inverno, a dermatologista Viviane Scarpa, da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), elenca a dermatite atópica, dermatite seborreica e a xerose (pele seca). Isadora complementa a lista com a psoríase, urticária e dermatites de contato.

Razões de agravamento dos quadros

As especialistas explicam as razões pelas quais cada doença tem sua piora nessa época.

Dermatite atópica: No inverno, a pele tende a ficar mais seca devido à baixa umidade e ao uso de aquecimento interno, o que pode levar a um aumento na coceira e no desconforto.


Psoríase: A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele que causa o aparecimento de manchas avermelhadas, escamosas e que causam coceira na pele. No inverno, o ar seco e frio pode contribuir para o ressecamento da pele, piorando os sintomas da psoríase e levando a um aumento na descamação e na coceira.

Dermatite de contato: Nesta época do ano, o uso de roupas de lã, tecidos sintéticos e o contato com produtos químicos presentes em luvas, detergentes e produtos de limpeza podem causar ou agravar a dermatite de contato.


Urticária: Embora a urticária possa ser desencadeada por uma variedade de fatores, incluindo alergias, no inverno, o contato com tecidos ásperos, banhos quentes e mudanças bruscas de temperatura podem piorar os sintomas.

Dermatite seborreica: Com banhos quentes mais frequentes, a temperatura elevada da água pode piorar o quadro. O estresse também pode trazer agravamento da situação, independente da estação.


Durante esta época do ano, a falta de umidade pode provocar um maior ressecamento da pele, causando também a descamação de lábios e, consequentemente, lesões, alega Viviane. No entanto, Isadora comenta que o surgimento de novos quadros não é comum. 

Cuidados

As dermatologistas afirmam que alguns cuidados são necessários entre as pessoas que possuem tais manifestações na pele. 

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Para pessoas que já têm um quadro estabelecido, é recomendado manter a pele bem hidratada, utilizando cremes hidratantes adequados para cada tipo de pele, especialmente após o banho, com a pele ainda úmida. A hidratação do organismo também é necessária, lembrando sempre do consumo frequente de água.

É indicado, ainda, que os banhos sejam tomados com água morna, visto que a alta temperatura da água provoca o ressecamento da pele, e que o uso de protetor solar seja mantido, mesmo com o sol mais ameno.

Caso haja manifestações, mesmo com os cuidados, medidas adicionais podem ser tomadas, como evitar coçar as áreas machucadas e realização de compressas frias ou mornas. 

Doenças dermatológicas em outras estações

Mas, o agravamento de doenças dermatológicas não é exclusivo dessa época. Isadora aponta que, sazonalmente, as condições podem surgir ou se agravar, a depender das características, tanto dos quadros, como das estações. 

"Durante o verão, o clima quente e a exposição ao sol em excesso podem piorar doenças como a psoríase, a rosácea e a urticária solar. Além disso, o suor excessivo e o aumento da umidade podem contribuir para a proliferação de bactérias e fungos na pele, aumentando o risco de infecções fúngicas, como a candidíase ou a pitiríase versicolor", exemplifica. 

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Ela continua, afirmando que a primavera "pode trazer consigo uma maior quantidade de alérgenos, como pólen e mofo, que podem desencadear reações alérgicas na pele, como a dermatite de contato alérgica.

A exposição a plantas venenosas, como a hera venenosa, também é mais comum na primavera, e pode causar irritação e erupções cutâneas".

Já no outono, a queda das folhas ocasiona uma maior exposição a substâncias irritantes, assim como a mudança de temperatura e a menor umidade do ar podem causar ressecamento da pele, agravando quadros como na estação seguinte. 

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