OMS: 62% dos casos da Ômicron estão na África do Sul e Botsuana
São 172 testes positivos no território sul-africano e 19 em Botsuana; mais de 20 países no mundo já têm casos da nova cepa
Saúde|Do R7
A OMS (Organização Mundial da Saúde) informou nesta quinta-feira (2) que África do Sul e Botsuana acumulam, até o momento, 62% dos casos da variante Ômicron do novo coronavírus registrados em todo o planeta.
De acordo com balanço mais recente divulgado pelo escritório da agência na África, foram notificados 172 positivos no território sul-africano e 19 em Botsuana. A OMS África, contudo, fez questão de ressaltar, em comunicado, que os governos dos dois países estão "redobrando as medidas para detectar e controlar" a propagação da nova variante.
Até o momento, outros dois países africanos também confirmaram casos da Ômicron: Nigéria, com três, e Gana, com número indeterminado.
Em todo o planeta, segundo a OMS, mais de 20 países informaram a detecção da variante, que teve a descoberta anunciada uma semana atrás por pesquisadores e autoridades da África do Sul.
"A detecção e a notificação oportuna da nova variante, por Botsuana e África do Sul, fizeram com que o mundo ganhasse tempo", afirmou a diretora regional da OMS para o continente, Matshidiso Moeti.
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"Temos uma chance, mas devemos atuar com rapidez para aumentar as medidas de detecção e prevenção. Os países devem ajustar a resposta contra a Covid-19 e evitar que um aumento nos casos se estenda pela África", completou.
Moeti lembrou que a Ômicron tem um grande número de mutações (mais de 30) e que as evidências preliminares apontam um maior risco de reinfecção, em comparação com outras variantes de preocupação.
Atualmente, especialistas tentam entender mais sobre a transmissibilidade, a gravidade e o impacto da Ômicron na relação com as vacinas, os testes de diagnósticos e os tratamentos disponíveis.