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OMS: origem e data do surgimento da Ômicron ainda são incertas

Sequenciamento de amostras mais antigas pode revelar outros locais onde ela já circulava, afirmou porta-voz da entidade

Saúde|Fernando Mellis, do R7

Maria Van Kerkhove defendeu que países melhorem vigilância para detectar variantes
Maria Van Kerkhove defendeu que países melhorem vigilância para detectar variantes Maria Van Kerkhove defendeu que países melhorem vigilância para detectar variantes

Ainda não é certo que a variante Ômicron tenha como origem a África do Sul e Botsuana, afirmou nesta quarta-feira (1º) a epidemiologista e líder técnica de resposta à Covid-19 Maria Van Kerkhove.

Em entrevista coletiva, ela ressaltou o fato de muitos países estarem apenas agora submetendo amostras de testes de Covid-19 mais antigas a sequenciamento genético para saber se a Ômicron já circulava em seus territórios antes da notificação da África do Sul, no último dia 25.

"Há um acúmulo de sequenciamento para casos que ocorreram no mês de novembro, por exemplo. A linha do tempo pode mudar, os países que terão detectado muito isso [variante] podem mudar. E então eu não colocaria ainda muita ênfase em exatamente quando e onde [surgiu a nova cepa do coronavírus]."

A declaração da representante da OMS ocorre horas após a Nigéria ter informado que a Ômicron já estava presente naquele país em outubro. O achado foi feito por meio do sequenciamento de amostras de viajantes que tiveram teste positivo da Covid-19.

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Maria ressaltou a importância de os países reforçarem a vigilância genômica do Sars-CoV-2 para detectar rapidamente variantes que, eventualmente, tenham mutações significativas, como é o caso da Ômicron.

A OMS já foi informada de que pelo menos 23 países, incluindo o Brasil, tiveram casos de Covid-19 provocados pela variante Ômicron.

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"Esperamos que esse número mude. É importante que as informações sobre esses casos também sejam compartilhadas conosco para que aprendamos, aprendamos mais. Mas certamente é possível que um dos cenários seja que o vírus, à medida que continua a evoluir, ainda possa ter uma vantagem de aptidão", acrescentou a epidemiologista ao declarar que em alguns dias a OMS deve ter informações mais claras acerca da transmissibilidade da nova cepa.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, voltou a criticar o banimento de viajantes procedentes do continente africano e disse que o momento é de fortalecer medidas como distanciamento social e uso de máscara, além de acelerar a vacinação.

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"A disseminação internacional da Ômicron representa um fardo pesado para vidas e meios de subsistência. A OMS continua a apelar aos países para otimizar as medidas sociais e garantir que os indivíduos de alto risco e vulneráveis em todos os países sejam totalmente vacinados imediatamente."

Também nas próximas semanas, a OMS saberá se a nova cepa impacta a eficácia das vacinas. Mas Maria Van Kerkhove adotou um tom otimista ao dizer que "não há nenhuma indicação que sugira que a vacina não funcionará [contra a Ômicron], mesmo que haja uma redução na sua eficácia".

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