OMS pede dados mais detalhados sobre situação de Covid na China
Pequim reportou 60 mil mortes causadas pela doença em um mês, após fim de medidas sanitárias
Saúde|Do R7
![China reportou 60 mil mortes por Covid em um mês](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/TT5JRZQACVL4PA3RHFL3D7KK7Y.jpg?auth=6754458c0b5936e58b762ad12cc6e411fb801101bcdfd2e3810e8034aeea6cf6&width=1024&height=720)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu à China neste sábado (14) que forneça dados mais detalhados sobre a situação da Covid-19 no país, após Pequim reportar quase 60 mil casos de morte ligados à doença em apenas um mês.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, solicitou essas informações adicionais durante uma conversa por telefone com o diretor da Comissão Nacional de Saúde da China, Ma Xiaowei, segundo um comunicado da organização.
Tedros também reiterou a importância de uma "maior cooperação e transparência por parte da China", já que a informação "permite entender melhor a situação epidemiológica e o impacto dessa onda" da doença no país asiático, diz o documento.
A China tem sido criticada pela falta de transparência sobre a pandemia da Covid-19. No começo de dezembro, o país acabou com as restrições sanitárias contra o coronavírus, após protestos contra a rigidez dessas medidas. Desde então, o número de infecções aumentou consideravelmente.
Em dezembro, as autoridades sanitárias registraram apenas uma dezena de mortes. No entanto, a Comissão Nacional de Saúde reportou neste sábado o primeiro balanço da situação.
"Um total de 59.938" mortes relacionadas com a Covid-19 foi registrado "entre 8 de dezembro de 2022 e 12 de janeiro de 2023", disse Jiao Yahui, chefe do gabinete de administração médica da comissão.
Esse saldo não inclui os óbitos registrados fora dos hospitais; por esse motivo o número de registros está provavelmente subestimado.
A OMS está "analisando essa informação" e pede que "esse tipo de informação detalhada continue a ser compartilhado conosco e com o público", declarou o comunicado.
China tem hospitais cheios e crematórios lotados após fim da política de Covid zero
A China tem hospitais cheios, prateleiras de farmácias vazias e crematórios lotados depois que o governo decidiu acabar em novembro com a política de confinamento, quarentena e testes em larga escala, práticas adotadas pelo país para controlar os casos...
A China tem hospitais cheios, prateleiras de farmácias vazias e crematórios lotados depois que o governo decidiu acabar em novembro com a política de confinamento, quarentena e testes em larga escala, práticas adotadas pelo país para controlar os casos de Covid-19. A China seguia desde 2020 uma política de tolerância zero com a Covid, com restrições severas. A estratégia possibilitou a proteção das pessoas com comorbidades e aquelas sem esquema de vacinação completo, mas foi alvo de protestos pelo tempo prolongado em que vigorou