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OMS recomenda isolamento mesmo após recuperação por coronavírus

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, disse que medida preventiva deve ser mantida por pelo menos 15 dias

Saúde|EFE

Informação foi confirmada pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom
Informação foi confirmada pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom

O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, enfatizou nesta segunda-feira (16) que os infectados com o novo coronavírus, responsável por causar a doença covid-19, ainda podem infectar outras pessoas mesmo após a recuperação, portanto o isolamento deve continuar por pelo menos 15 dias após o fim dos sintomas.

"Eles ainda podem infectar outras pessoas depois que param de se sentir mal, então as medidas [de isolamento] devem continuar por pelo menos duas semanas após o desaparecimento dos sintomas", disse o médico, durante entrevista coletiva em Genebra, na Suíça, comentando especialmente a situação daqueles que se recuperam da doença em casa. 

Tedros acrescentou que, nesses casos, os cuidadores devem ser pessoas saudáveis e não pertencer a grupos de risco, devem lavar as mãos após o contato com o paciente e nenhuma outra visita deve ser permitida.

"Cuidar de pessoas infectadas em casa pode colocar pessoas da mesma família em risco, por isso é fundamental que os profissionais de saúde sigam as diretrizes da OMS para fornecer os cuidados mais seguros possíveis", disse.


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Nesse sentido, Tedros enfatizou que o paciente e o cuidador devem usar uma máscara quando estiverem juntos no mesmo quarto e que a pessoa doente deve dormir em um quarto separado e usar um banheiro diferente.


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O diretor da OMS prestou atenção especial ao atendimento ao paciente em casa, admitindo que alguns países já excederam a capacidade de atender a todos os pacientes em unidades de saúde. 

"Nesses casos, a prioridade deve ser dada aos pacientes mais velhos e com problemas de saúde anteriores", enfatizou, lembrando que em alguns países instalações como estádios ou academias foram alocadas para tratar casos menos graves da doença.


Tedros Adhanom lembrou hoje que o número de casos fora da China (cerca de 83 mil) já ultrapassou os 81 mil diagnosticados até agora no país de origem da pandemia e enfatizou que, embora muitos países estejam melhorando as medidas de isolamento, ainda há trabalho a ser feito em outros aspectos.

"Vimos um rápido aumento nas medidas de distanciamento social, como fechamento de escolas e cancelamento de eventos esportivos e outros eventos de massa, mas ainda não vimos progresso suficiente nos testes, identificação e isolamento de contatos, a chave para a resposta", afirmou.

"Temos uma mensagem simples para todos os países: realize testes em todos os casos suspeitos", concluiu.

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