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OPAS alerta América Latina para 'mês crítico' da pandemia

O Departamento de Doenças Transmissíveis da organização destacou que Brasil, Chile e México registram aumento diário de até 5% nos novos contágios

Saúde|Da EFE

Sistemas de saúde não estão suficientemente financiados para a pandemia
Sistemas de saúde não estão suficientemente financiados para a pandemia

Em meio ao grande impacto da pandemia de covid-19 na América Latina, a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) opinou nesta segunda-feira (8) que "não está na hora de reabrir, mas cada país é soberano", e alertou para a falta de investimento na saúde pública.

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De acordo com o diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis da entidade, Marcos Espinal, o mês de junho vai ser crucial para frear o avanço da doença pela região, que se tornou o epicentro da pandemia, com mais de um milhão de casos.

"Vai ser um mês crítico, no qual os países que implementaram medidas a tempo poderão administrar um pouco melhor a sobrecarga de casos em seus sistemas de saúde", comentou o especialista.


Espinal destacou que países como Brasil, Chile e México estão registrando aumentos diários de até 4% ou 5% nos novos contágios, "uma situação muito delicada".

Problemas sociais agravam a saúde

O cenário se complica com os problemas econômicos da região, com muitos trabalhadores informais sem cobertura de saúde ou meios para subsistir em quarentena, o que tem levado alguns países a considerar relaxamentos nas medidas mesmo sem a redução dos contágios.


Se decidirem reabrir, "que seja de maneira gradual e analítica", aconselhou o especialista, incentivando que cada país reflita para decidir as medidas com líderes econômicos, da saúde e representantes da sociedade civil.

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Espinal explicou que parte dos países latino-americanos tiveram mais tempo que os europeus para iniciar medidas de precaução (distanciamento social, campanhas de conscientização), mas muitos sistemas de saúde não estão suficientemente financiados para este tipo de emergência.


"A OPAS recomenda que os países invistam no mínimo 6% do PIB (Produto interno bruto) na saúde pública, mas a maioria deles não chega a esse número", lamentou Espinal, que disse acreditar que a pandemia fará com que os países da região se conscientizem mais.

"O investimento deve ser em quantidade e qualidade, durante anos, porque não se trara apenas de enfrentar a covid-19, mas também outras doenças que virão para uma região onde já tivemos zika e H1N1", ressaltou.

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