"Orientais, idosos e mulheres ficam bêbados com maior facilidade", alerta especialista
Questões fisiológicas e genéticas explicam como a resistência ao álcool varia entre pessoas
Saúde|Do R7*
Apesar de a ingestão de bebidas alcoólicas ser vista com naturalidade pela maioria das pessoas, é bom ficar atento se quiser ingeri-las. Primeiro, porque o consumo frequente pode resultar no vício, mas também porque cada pessoa tem uma forma diferente de reagir aos efeitos do álcool no corpo. A resistência ao álcool é relativa. Mas por que será?
Segundo a hepatologista Edna Strauss, o efeito do álcool no corpo é relativo e muda de acordo com quem o consome. As mulheres, por exemplo, são muito mais sensíveis ao álcool que os homens, uma vez que, normalmente, são mais baixas e têm mais gordura corporal.
— Tecidos de gordura não absorvem o álcool, desta forma, a substância fica mais concentrada no sangue. Isso faz com que as mulheres sintam o efeito da bebida mais rapidamente.
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Edna disse, ainda, que fatores hormonais também interferem nesse tipo de fragilidade. A curiosidade, de acordo com a hepatologista, é que esse tipo de condição afeta também outros grupos, como por exemplo os orientais:
— Orientais sofrem uma reação enzimática todas as vezes que ingerem álcool. Mesmo que em pequenas quantidades, o hábito causa uma sensação desconfortável de vermelhidão e inchaço nessas pessoas.
A especialista explica que, além disso, esse grupo fica bêbado mais facilmente.
— Às vezes, dois copos de cerveja são suficientes para que orientais fiquem embriagados.
Outro grupo menos suscetível ao álcool é a terceira idade. De acordo com uma pesquisa realizada pela BBC, pessoas mais velhas tendem a ter menos água no corpo do que os mais jovens, e isso também estimula que o álcool se concentre mais no sangue. As células presentes no corpo de um idoso acabam ficando mais sensíveis a bebidas alcoólicas com o tempo.
Grupos de maior resistência
A pesquisa mostrou, ainda, que além dos homens e dos jovens, pessoas com sobrepeso ou obesidade apresentam maior resistência quando ingerem bebidas alcoólicas. Isso acontece porque essas pessoas têm mais sangue no corpo, então a mesma quantidade de álcool se dilui mais, fazendo com que os efeitos se manifestem com menos intensidade.
Além disso, o fato de o corpo ser grande faz com que o fígado tenha capacidade de processar mais rapidamente a mesma quantidade de álcool ingerida por uma pessoa dentro do peso ideal.
*Colaborou: Talyta Vespa, estagiária do R7
A popularização do álcool entre os brasileiros têm preocupado os agentes da saúde. Segundo os dados mais recentes divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde), uma pessoa acima de 15 anos ingere cerca de 8,7 litros de álcool por ano no País. O p...
A popularização do álcool entre os brasileiros têm preocupado os agentes da saúde. Segundo os dados mais recentes divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde), uma pessoa acima de 15 anos ingere cerca de 8,7 litros de álcool por ano no País. O presidente executivo do CISA (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool), Arthur Guerra, explicou que quem gosta de álcool não precisa necessariamente abrir mão dele para ter qualidade de vida. No entanto, é necessário beber com moderação, sem o intuito de compensar alguma frustração pessoal ou problemas como ansiedade e depressão. O especialista desvendou outros sete mitos relacionados às bebidas alcoólicas. Veja a seguir *Colaborou: Talyta Vespa, estagiária do R7