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Pessoas com Parkinson podem fazer parte de estudo com canabidiol 

Pesquisa será realizada pela Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e visa investigar efeitos do medicamento no sono REM

Saúde|Giovanna Borielo, do R7*

Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto busca voluntários para estudo
Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto busca voluntários para estudo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto busca voluntários para estudo (Gilberto Marques)

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP está recrutando voluntários com Parkinson para a realização de estudo sobre os efeitos do canabidiol no sono REM.

O sono REM é a fase em que ocorrem os sonhos vívidos e, em pacientes com Parkinson, está associado a reações de distúrbios comportamentais, com manifestações como chutes, socos, gritos, conversas ou gesticulações que, alguma vezes, podem gerar quedas ou traumas.

O canabidiol é uma substância extraída da Cannabis sativa, a planta da maconha, que não tem efeito psicotrópico.

Como não é produzida nem comercializada no país, sua importação só pode ser feita com autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

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Para se voluntariar, o candidato pode ser de ambos os sexos, deve ter mais de 18 anos, não pode ter depressão, demência, Parkinson em estágio avançado (estágio cinco), não ter realizado qualquer procedimento contra a doença ou consumido qualquer tipo de droga nos últimos 12 meses, e ter o distúrbio do sono REM.

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Segundo o pesquisador responsável, o neurolgosita Carlos Mauricio Almeida, o distúrbio do sono REM está associado a pelo menos 50% dos participantes, e é carcterizado com sonhos violentos. Esse distúrbio, de acordo com Almeida, é um sinalizador de doenças degenerativas, podendo anteceder o Parkinson em anos e até décadas. O objetivo é avaliar se o canabidiol apresenta melhoras neste sono e apresentar mais opções de medicamentos para o distúrbio, pois a oferta para tratá-lo é pequena, segundo o pesquisador.

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Os candidatos devem morar na região de Ribeirão Preto pois terão de se apresentar aos pesquisadores durante, pelo menos, três meses e meio, para que possam fazer um acompanhamento dos resultados. Os medicamentos serão administrados por via oral, uma vez por dia.

O profissional responsável é o neurologista Carlos Mauricio Almeida, com orientação do professor Alan Luiz Eckeli, da FMRP. Para participar, os voluntários devem entrar em contato, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas, pelo WhatsApp (16) 99795-6824 ou pelo e-mail neurocomportamentalhcrp@gmail.com. As inscrições estarão abertas até que o quadro de voluntários esteja completo. O estudo deve se estender até abril.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini

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