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Poluição do ar aumenta risco de depressão e ansiedade

Conclusão é de um estudo conduzido no Reino Unido com quase 390 mil pessoas durante mais de dez anos

Saúde|Do R7

Material particulado fino foi associado à incidência maior de ansiedade entre homens
Material particulado fino foi associado à incidência maior de ansiedade entre homens

Os efeitos negativos da poluição em diversas funções do organismo já são conhecidos há algum tempo. Mas agora pesquisadores na China e no Reino Unido descobriram que a exposição prolongada a determinados poluentes do ar, mesmo que em baixas concentrações, aumenta a probabilidade de desenvolver depressão e ansiedade.

A conclusão é resultado de um amplo estudo que envolveu 389.185 participantes residentes no Reino Unido. Os resultados foram publicados em janeiro, em um artigo no periódico científico Jama Psychiatry, da Associação Médica Americana.

Nenhum dos participantes tinha histórico de depressão nem ansiedade no início do estudo, em 2006. Eles foram acompanhados por quase 11 anos.

Durante o trabalho, cientistas fizeram estimativas da concentração de poluentes, como material particulado, dióxido de nitrogênio e óxido nítrico, e também calcularam qual seria a exposição daquelas pessoas.


"A exposição estimada em longo prazo a múltiplos poluentes atmosféricos foi associada ao aumento do risco de depressão e ansiedade", escreveram os autores.

Nesse período, 13.131 participantes tiveram diagnóstico de depressão e 15.835, de ansiedade. 


Os pesquisadores também encontraram algumas especificidades, como, por exemplo, o fato de o PM2,5 (material particulado fino) ter sido associado à incidência maior de ansiedade em homens do que em mulheres.

O PM2,5 é emitido por combustíveis fósseis e pode causar uma série de doenças no sistema respiratório.


Indícios de que a poluição do ar pode interferir de maneira significativa na saúde mental já haviam sido publicados no ano passado pela Associação Americana de Psicologia.

Pesquisadores verificaram que adolescentes que viviam em áreas com níveis relativamente altos de ozônio apresentaram aumento significativo nos sintomas depressivos ao longo do tempo.

"Isso realmente ressalta o fato de que mesmo baixos níveis de exposição ao ozônio têm efeitos potencialmente prejudiciais", disse em comunicado a principal autora do artigo, a professora Erika Manczak, da Universidade de Denver.

Ainda assim, cabe ressaltar que a depressão e a ansiedade, em qualquer faixa etária, podem ter diversas causas, como predisposição genética, vivências traumáticas e o momento de vida por qual cada um está passando.

É importante saber identificar os sintomas desses transtornos e buscar ajuda especializada de um psiquiatra ou psicólogo para iniciar o tratamento.

Muitos dos casos não requerem o uso de medicamento, e a pessoa pode voltar a ter qualidade de vida se houver a abordagem clínica correta.

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