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Por que falar em cura do câncer é difícil – e o que significa a remissão

Doença não retorna em muitos pacientes tratados, mas isso também não significa necessariamente que estejam curados

Saúde|Do R7

Cura é considerada por alguns médicos cinco anos após o tratamento
Cura é considerada por alguns médicos cinco anos após o tratamento

O desaparecimento de um linfoma não Hodgkin de um paciente de 61 anos tratado com uma técnica nova reacendeu a esperança de cura do câncer. Mas por que ainda não se pode falar que ele está definitivamente curado? O termo correto é remissão completa.

Segundo a American Cancer Society, na remissão completa, todos os sinais e sintomas do câncer desaparecem, e as células cancerígenas não são mais encontradas em nenhum exame. Para um leigo, seria possível, então, dizer que o paciente está curado. Só que não é bem assim.

Pense, por exemplo, em uma pessoa que tenha uma apendicite. Ela é submetida a uma cirurgia, remove o pedaço inflamado do intestino e estará curada assim que se recuperar do pós-operatório.

Um paciente que tenha um câncer colorretal pode fazer uma quimioterapia para diminuir o tumor e uma cirurgia para retirar o pedaço afetado do intestino grosso. Entretanto, ainda existe o risco de células cancerígenas reaparecerem.


Dessa forma, ele não está curado, existe a necessidade acompanhamento médico e realização de exames periódicos.

Fala-se que o paciente se encontra, portanto, em remissão. Esta também pode ser parcial, em que o câncer diminui, mas não desaparece completamente.


"As remissões podem durar de semanas a anos. O tratamento pode ou não continuar durante uma remissão, dependendo do tipo de câncer. As remissões completas podem durar anos e, com o tempo, pode-se pensar que o câncer está curado. Se o câncer retornar (recorrência), outra remissão pode ser possível com mais tratamento", explica a American Cancer Society.

Alguns médicos definem o período de cinco anos de remissão para falar em cura do câncer, porque é nesse período que normalmente há a recorrência, seja no mesmo órgão ou tecido afetado, seja em outros.


"Ainda assim, algumas células cancerígenas podem permanecer em seu corpo por muitos anos após o tratamento. Essas células podem fazer com que o câncer volte um dia. [...] Por essa razão, os médicos não podem dizer com certeza que você está curado. O máximo que podem dizer é que não há sinais de câncer naquele momento", afirma o Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos.

A sobrevida para cada paciente vai depender, basicamente, do tipo de tumor, do estágio e do estado de saúde geral da pessoa. 

Hoje em dia, os tratamentos evoluíram significativamente. Uma mulher diagnosticada com câncer de mama em estágio inicial, por exemplo, muito provavelmente entrará em remissão completa, sendo possível falar em cura após o período de cinco anos.

Um câncer avançado, que já esteja em metástase (espalhou-se para outras partes do corpo), tem menos chances de entrar em remissão completa, mas essa não é mais uma regra. 

"Graças aos novos tratamentos contra o câncer, alguns, mas não todos os cânceres avançados (estágio 4), podem entrar em remissão parcial ou completa", esclarece a Cleveland Clinic, nos Estados Unidos. 

Em qualquer caso, é fundamental realizar o tratamento e seguir todas as orientações médicas. 

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