Por que o bocejo é contagioso? Estudo explica motivo de gesto ser imitado
Pesquisa pioneira apontou fenômeno também em animais
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Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Bocejar pode parecer um ato simples, mas é também um fenômeno social intrigante. Quem nunca sentiu vontade de bocejar ao ver outra pessoa fazendo o mesmo?
De acordo com uma pesquisa pioneira conduzida por André C. Gallup e Sabina Wozny, do Programa de Psicologia e Ciências Comportamentais Evolutivas, em Nova York, esse comportamento não está restrito a seres humanos e pode ser mais amplo do que se imaginava.
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O estudo
Os pesquisadores investigaram se o chamado “bocejo contagioso” ocorria também em outras espécies. Para isso, expuseram 296 participantes a vídeos que mostravam estímulos de bocejo em animais variados, incluindo peixes, anfíbios, répteis, aves, mamíferos não primatas, macacos e animais domésticos, como cães e gatos. Também houve uma condição de controle, sem bocejo.
Resultados
Os dados revelaram que 69% dos voluntários relataram ter bocejado durante os testes. O mais curioso é que a resposta não variou de acordo com a proximidade evolutiva ou com o grau de domesticação dos animais.
Em outras palavras, ver um peixe bocejar foi tão capaz de provocar a reação quanto assistir a um gato ou a um macaco.
O que isso significa
Segundo os autores, os resultados oferecem forte evidência de bocejo contagioso interespecífico em humanos.
Isso sugere que os mecanismos que regulam o contágio não são exclusivos de interações entre pessoas ou espécies próximas, mas podem ser ativados por uma grande diversidade de estímulos de bocejo, inclusive vindos de animais distantes na árvore evolutiva.
A pesquisa aponta que o bocejo contagioso pode estar relacionado a processos cognitivos e sociais mais gerais, que independem da familiaridade ou do parentesco com quem boceja.
Para a ciência, compreender esse mecanismo pode ajudar a lançar luz sobre a empatia, a comunicação não verbal e até a evolução do comportamento social em diferentes espécies.
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