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Por que o bocejo é contagioso? Estudo explica motivo de gesto ser imitado

Pesquisa pioneira apontou fenômeno também em animais

Saúde|Joice Gonçalves, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Estudo revela que o bocejo é um fenômeno social contagioso, não restrito apenas aos humanos.
  • A pesquisa expôs 296 participantes a vídeos de bocejos de diversas espécies animais, incluindo peixes e mamíferos.
  • 69% dos voluntários bocejaram em resposta, independentemente da proximidade evolutiva dos animais.
  • Os resultados sugerem que o bocejo contagioso pode estar ligado a processos cognitivos e sociais mais amplos.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Ver um animal bocejar pode fazer um humano bocejar também Reprodução/Pixabay

Bocejar pode parecer um ato simples, mas é também um fenômeno social intrigante. Quem nunca sentiu vontade de bocejar ao ver outra pessoa fazendo o mesmo?

De acordo com uma pesquisa pioneira conduzida por André C. Gallup e Sabina Wozny, do Programa de Psicologia e Ciências Comportamentais Evolutivas, em Nova York, esse comportamento não está restrito a seres humanos e pode ser mais amplo do que se imaginava.


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O estudo

Os pesquisadores investigaram se o chamado “bocejo contagioso” ocorria também em outras espécies. Para isso, expuseram 296 participantes a vídeos que mostravam estímulos de bocejo em animais variados, incluindo peixes, anfíbios, répteis, aves, mamíferos não primatas, macacos e animais domésticos, como cães e gatos. Também houve uma condição de controle, sem bocejo.

Resultados

Os dados revelaram que 69% dos voluntários relataram ter bocejado durante os testes. O mais curioso é que a resposta não variou de acordo com a proximidade evolutiva ou com o grau de domesticação dos animais.


Em outras palavras, ver um peixe bocejar foi tão capaz de provocar a reação quanto assistir a um gato ou a um macaco.

O que isso significa

Segundo os autores, os resultados oferecem forte evidência de bocejo contagioso interespecífico em humanos.


Isso sugere que os mecanismos que regulam o contágio não são exclusivos de interações entre pessoas ou espécies próximas, mas podem ser ativados por uma grande diversidade de estímulos de bocejo, inclusive vindos de animais distantes na árvore evolutiva.

A pesquisa aponta que o bocejo contagioso pode estar relacionado a processos cognitivos e sociais mais gerais, que independem da familiaridade ou do parentesco com quem boceja.


Para a ciência, compreender esse mecanismo pode ajudar a lançar luz sobre a empatia, a comunicação não verbal e até a evolução do comportamento social em diferentes espécies.

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