Por que profissionais da saúde não usam luvas para aplicar vacinas?
Conselho de Enfermagem orienta uso de alcool gel 70% a cada aplicação, lavagem das mãos a cada 5 vacinados e unhas curtas
Saúde|Do R7
As luvas não integram a lista de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) dos profissionais de enfermagem responsáveis pela aplicação das vacinas contra a covid-19, segundo o Cofen (Conselho Federal de Enfermagem). As diretrizes indicam a higienização das mãos com álcool gel 70% a cada aplicação e a lavagem com água e sabão a cada cinco pessoas vacinadas.
A enfermeira Juliana Martinez, responsável técnica pela UBS (Unidade Básica de Saúde) do Parque Reid, em Diadema, região metropolitana de São Paulo, destaca que, caso fossem utilizadas, as luvas precisariam ser descartadas a cada nova aplicação.
“Não entramos em contato com sangue ou outros fluidos corporais, porque é apenas uma aplicação de uma injeção intramuscular, por isso é mais seguro fazer a higienização das mãos a cada aplicação”, explica a profissional.
A orientação do Cofen é de que as luvas sejam utilizadas apenas em casos específicos, como por vacinadores com lesões cutâneas ou quando o paciente apresenta lesões de pele no local da aplicação ou situações que envolvam contato com fluidos corporais.
Ainda segundo Juliana, há a recomendação para que os enfermeiros estejam de unhas curtas e sem esmaltes. “As unhas curtas seriam para melhor higienização e sem esmaltes para termos certeza da limpeza delas, mas é uma recomendação, e óbvio que quem faz a unha toda semana preza pela higiene”, afirma.
São considerados EPIs para os profissionais da saúde encarregados da vacinação máscara cirúrgica, protetor facial (face shield) ou óculos de proteção; avental descartável para uso diário e máscaras PFF2 ou N95 em ambientes sem ventilação e circulação de ar adequada.