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Primeira vacina contra malária será lançada no Maláui, anuncia OMS

País africano será o primeiro a receber as imunizações para teste, seguido pelo Quênia e por Gana, lugares em que há maior circulação do vírus

Saúde|Deborah Giannini e Giovanna Borielo*, do R7

Malária é uma das doenças que mais mata no mundo
Malária é uma das doenças que mais mata no mundo Malária é uma das doenças que mais mata no mundo

A OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou nesta terça-feira (23) o lançamento da primeira vacina contra malária do mundo. O primeiro país a receber esse programa-piloto será o Maláui.

A vacina, conhecida como RTS, S será disponibilizada para crianças de até 2 anos de idade. Os próximos países a receberem o imunizante serão Gana e Quênia.

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A vacina vem sendo desenvolvida há 30 anos e, até o momento, é a única capaz de reduzir significativamente a carga viral em crianças. Em ensaios clínicos foi comprovado que o imunizante previne cerca de quatro em 10 casos de malária, incluindo três em 10 casos de malária severa com risco de morte.

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“Temos visto ganhos tremendos de mosquiteiros e outras medidas para controlar a malária nos últimos 15 anos, mas o progresso estagnou e até retrocedeu em algumas áreas. Precisamos de novas soluções para recuperar a resposta contra a malária e essa vacina nos oferece uma ferramenta promissora para chegar lá", afirmou em nota Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. "A vacina contra a malária tem o potencial de salvar a vida de milhares de crianças."

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A malária é uma das doenças mais letais do mundo, mata 435 mil pessoas todos os anos, principalmente crianças, segundo a OMS. A maioria dessas mortes ocorre na África, onde mais de 250 mil crianças morrem da doença anualmente. De acordo com o órgão, crianças menores de cinco anos são as que correm maiores riscos de complicações.

“A malária é uma ameaça constante nas comunidades africanas onde esta vacina será administrada. As crianças mais pobres sofrem mais e estão em maior risco de morte”, afirmou Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS para a África.

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“Conhecemos o poder das vacinas para prevenir doenças fatais e alcançar crianças, incluindo aquelas que podem não ter acesso imediato aos médicos, enfermeiros e unidades de saúde que precisam para salvá-las quando ocorrer uma doença grave”, completou Moeti, afirmando que a descoberta da vacina deve ser comemorada.

Segundo a OMS, o programa-piloto foi projetado para evidenciar e informar as recomendações de políticas do órgão sobre o uso mais amplo da vacina contra a malária RTS, S. O programa examinará as reduções nas mortes de crianças, captação de vacina, incluindo se os pais levam seus filhos a tempo para as quatro doses necessárias e a segurança do uso rotineiro do imunizante.

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A OMS afirma que a vacina seria uma ferramenta complementar de controle da malária - a ser adicionada ao pacote principal de medidas recomendadas pelo órgão para a prevenção da doença, incluindo o uso de mosquiteiros com inseticida, pulverização interna, testes e tratamento pra a malária.

A iniciativa para a vacina foi coordenada pela OMS, com colaboração dos ministérios da saúde de Gana, Quênia e Maláui, em parceria com instituições internacionais, como a PATH, uma organização sem fins lucrativos, e a GSK, empresa fabricante da vacina, que doará até 10 milhões de doses do imunizante para o teste.

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A expectativa é de que a vacina seja aplicada em 360.000 crianças, anualmente, nos três países e os ministérios de saúde locais determinarão onde os imunizantes serão aplicados. De acordo com o órgão, a vacinação se concentrará em áreas com transmissões de moderadas a altas.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Tatiana Chiari

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