Queda é um dos acidentes domésticos mais comuns
Idosos são os que caem com mais frequência; acidentes podem causar fratura de vários tipos, que comprometem a capacidade de se locomover
Saúde|Brenda Marques, do R7
Gugu Liberato consertava o ar-condicionado de sua casa em Orlando, nos EUA, quando o piso cedeu, o fez cair de uma altura de 4 metros e bater a cabeça. O acidente resultou na morte do apresentador da Record TV, constatada nesta sexta-feira (22).
A queda é um dos acidentes domésticos mais comuns, principalmente para idosos, de acordo com o ortopedista Dennis Barbosa do Instituto de Traumatologia e Ortopedia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Alguns motivos podem explicar esse fato. “Eles não usam calçado adequado. O solado muito escorregadio ou um chinelo que sai facilmente do pé favorece quedas. Muitos tropeçam em móveis e não enxergam obstáculos por problemas de visão”, afirma Barbosa.
“Por exemplo, às vezes, eles querem subir num banquinho para pegar algo, se desequilibram e acabam caindo”, acrescenta.
As principais consequências dessas quedas são fraturas no punho ou no quadril, segundo o ortopedista: “Em idosos, além da fratura, pode acontecer de bater a cabeça e ocorrer um trauma na face ou no nariz, por exemplo”.
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Quebrar o quadril é o fator que mais compromete a capacidade de se locomover e realizar atividades diárias. Uma minoria consegue andar normalmente.
“A pessoa volta a caminhar, mas com dificuldade. Muitas vezes precisam do auxílio de bengalas ou muletas”, diz o especialista. De acordo com ele, esse tipo de fratura pode matar idosos acima de 70 anos de idade.
Para evitar esses acidentes, o ortopedista dá algumas dicas simples, como tomar cuidado ao subir escadas ou bancos, ter atenção ao chão escorregadio, diminuir ao máximo o número de obstáculos nos cômodos e deixar a casa bem iluminada.
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“O idoso perde um pouco do seu equilíbrio, isso acontece com o passar do tempo, então é melhor não se aventurar muito”, aconselha.
O tratamento varia de acordo com a gravidade. Fraturas simples podem ser resolvidas apenas com o uso de gesso. “A fratura deve ser imobilizada, espera-se um tempo para que ela seja ‘colada’”, explica Barbosa.
Porém, casos mais complexos exigem cirurgia. Em qualquer situação, a reabilitação ocorre no intervalo de seis meses a um ano, com a realização de fisioterapia. “Após a fratura, a musculatura fica fraca e as articulações enrijecidas, então é preciso um trabalho de recuperação”, afirma o ortopedista.
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