Quem tem sintomas da covid-19 não deve tomar vacina da gripe

O imunizante pode causar sobrecarga do sistema imunológico, segundo infectologista; deslocamento ainda aumenta risco da transmissão da doença

Saúde|Aline Chalet, do R7*

18/05/2020 - 02h00 (Atualizado em 20/04/2024 - 09h50)

Pessoas com sintomas da covid-19 não devem tomar a vacina contra a gripe. De acordo com a infectologista Glória Brunetti, do pronto-socorro do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, a orientação é a mesma para qualquer possível infecção.

“A vacina vai exigir que seu organismo produza agentes de defesa para aquele vírus, para que diante de um possível contato real, você esteja protegido. Se naquele momento você tem um outro agente etiológico causando uma infecção, é claro que a defesa do seu corpo vai estar dividida.”

Em orientação aos estados sobre a companha nacional de vacinação, o Ministério da Saúde informa que não existem informações específicas sobre a interação da vacina com o novo coronavírus, mas a restrição existe para minimizar a possibilidade de disseminação da doença. Por outro lado, pacientes curados de covid-19 podem tomar a vacina.

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A infectologista destaca ainda que a vacina da gripe é importante, especialmente nos grupos de risco. “Você vai se prevenir de mais de um agente, mas espere estar assintomático para que você possa tomar de maneira segura.”

Saiba mais: Começa hoje a 3ª fase da campanha nacional de vacinação contra gripe

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As recomendações do Ministério para a campanha de vacinação incluem, ainda, horário estendido, ampliação da força de trabalho e parceria com instituições de ensino para montar equipes de reforço com estudantes da área.

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Essas medidas têm o objetivo de diminuir a espera e as filas, evitando aglomerações. A distância entre as pessoas na fila deve ser, idealmente, de 2 metros.

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A frequência de limpeza dos locais de vacinação deve ser aumentada e o espaço deve ter local para higiene das mãos ou álcool em gel 70%.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini

Ford entrega primeiro lote de 35.000 máscaras para doação:

A empresa automobilística Ford entregou o primeiro lote das máscaras de proteção facial que estão sendo produzidas na fábrica da empresa em Camaçari, na Bahia. A doação faz parte de ação da companhia para equipar os profissionais de saúde que atuam na linha de frente do combate ao novo coronavírus. Leia aqui mais informações sobre a ação da Ford

“Os escudos faciais acabam sendo mais úteis para pessoas que inevitavelmente lidam com o público”, explica Gorinchteyn. “No entanto, elas devem ser usadas concomitantemente com as máscaras, uma vez que o vírus está em partículas que ficam no ar de 30 minutos até 3 horas.”

Essas máscaras de proteção facial serão doadas às Secretarias Municipais de Saúde de Camaçari, Dias D'Ávila e Salvador e à Secretaria Estadual de Saúde da Bahia

A Ford anunciou, no início de abril, o plano de adaptar suas instalações na América do Sul para a produção de máscaras de proteção

A meta inicial da companhia era de produzir 50.000 máscaras, mas o número foi ampliado para 110.000, por conta de uma parceria com a EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e o SENAI Cimatec

Os infectologistas ainda alertam para a higienização do EPI. De acordo com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira, o processo de limpeza do escudo facial deve ser feito usando luvas descartáveis. O produto higienizador, como um desinfetante, deve ser borrifado em um lenço e aplicado primeiramente na parte interna do equipamento, com movimentos seguindo a mesma direção. Depois, o mesmo processo deve ser seguido na parte externa, que é a mais contaminada

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