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Quem teve covid pode tomar só uma dose da Pfizer, sugere estudo

Trabalho publicado em revista científica aponta pouca mudança de anticorpos com segunda dose em infectados previamente

Saúde|Fernando Mellis, do R7

Dose única para quem foi infectado já é usada na França
Dose única para quem foi infectado já é usada na França

Um estudo conduzido por pesquisadores dos Estados Unidos e publicado nesta sexta-feira (6) no JAMA (Jornal da Associação Médica Americana) concluiu que uma única dose da vacina da Pfizer/BioNTech contra covid-19 pode ser suficiente para indivíduos previamente infectados pelo coronavírus.

"Observamos níveis mais elevados de anticorpos contra SARS-CoV-2 em indivíduos previamente infectados após 1 dose de BNT162b2 [nome científico da vacina da Pfizer] em comparação com indivíduos virgens de infecção após 2 doses", anotam os autores do estudo.

Eles ainda acrescentam que não houve aumento significativo dos títulos de anticorpos IgG específicos contra a proteína spike (o alvo da vacina) em indivíduos que tiveram covid-19 e receberam as duas doses. Desta forma, segunda dose não teria benefícios.

Por isso, os pesquisadores entendem que uma dose da vacina da Pfizer "pode ser aceitável" para pessoas previamente infectadas.


"No entanto, é importante notar que um diagnóstico de PCR positivo por si só não foi suficiente para descartar a necessidade de uma segunda dose da vacina. Em 4 participantes que relataram um PCR positivo, mas não desenvolveram anticorpos para proteína S, a resposta à primeira dose da vacina foi mais semelhante à do grupo sem infecção", alertam.

Eles apontam como possível solução o teste sorológico para comprovar a necessidade de uma segunda dose da Pfizer ou não.


Os cientistas, todavia, ressaltam que o estudo não deve servir como diretriz por ter analisado apenas 59 pacientes, mas que "pode ser útil para discussões em torno da estratégia de vacinação". Além disso, o trabalho não levou em conta a imunidade celular conferida pela vacina.

Embora não haja indicação de apenas uma dose para pessoas já infectadas, a França está usando essa estratégia para todas as vacinas de duas doses aplicadas no país: AstraZeneca, Pfizer e Moderna.


Os centros de vacinação fazem um teste sorológico rápido para identificar se a pessoa já teve a doença.

Segundo o ministro da Saúde, Olivier Véran, a medida pode afetar entre 5 milhões e 6 milhões de indivíduos que precisariam somente de uma dose.

As autoridades francesas recomendam que quem já teve covid-q9 seja vacinado de três a seis meses após se recuperar.

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