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Rússia promete ao Brasil dados necessários sobre a Sputnik V

Diretoria Colegiada da Anvisa rejeitou, na segunda-feira, pedido para importação de doses da vacina russa contra covid-19

Saúde|Da EFE

Vacina não cumpriu requisitos exigidos pelo órgão regulador brasileiro
Vacina não cumpriu requisitos exigidos pelo órgão regulador brasileiro

A Rússia está disposta a fornecer ao Brasil as informações necessárias para que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorize o fornecimento e uso da vacina contra a covid-19, Sputnik V, disse o Kremlin nesta terça-feira (27).

"Os contatos continuarão. Se não houver dados suficientes, eles serão fornecidos, não há dúvida", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, durante entrevista coletiva.

Ontem, a Anvisa negou a autorização emergencial para a importação da vacina russa, tendo em vista que o pedido para seu uso carece da documentação que era exigida a outros fabricantes.

O porta-voz do Kremlin defendeu a Sputnik V, afirmando que já há informações suficientes sobre a eficácia da vacina russa, que é de 97,6%, de acordo com os dados recolhidos pelos desenvolvedores com base na taxa de infecção registrada nos vacinados na Rússia com ambos os componentes entre 5 de dezembro de 2020 e 31 de março de 2021.


"A experiência já é muito extensa. Muitos dados foram coletados que indicam que é a vacina mais eficaz do mundo e a mais confiável", disse.

Dmitry Peskov afirmou que a demanda externa pela Sputnik V, que está registrada em 61 países até o momento, é muito alta e os envolvidos na sua produção "trabalham em regime de emergência" e aqueles que têm contatos no exterior para sua comercialização e fabricação também.


O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, indicou que a fabricante russa não entregou o "laudo técnico completo" do imunizante, que carece de homologação no Japão, Europa e Estados Unidos, países que nesse tipo de situação automaticamente endossariam a aprovação de qualquer medicamento no Brasil.

A apresentação do registro da vacina concedida pelo Ministério da Saúde russo e por governos de países como México e Argentina não contava com as informações "básicas" exigidas pela Anvisa e, segundo Barra Torres, foi impedida uma visita técnica às instalações do Instituto Gamaleya, que desenvolve a vacina.

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