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Saiba o que é disquesia do lactente, condição que Lulu Mendonça teve nos primeiros meses

A filha dos jornalistas Arthur Luís e Maria Júlia Nóbrega, que faz sucesso na web, passou por dificuldades para evacuar até os 10 meses de vida

Saúde|Yasmim Santos*, do R7

Luísa, ou Lulu, como é carinhosamente chamada, tinha constipação e disquesia do lactente
Luísa, ou Lulu, como é carinhosamente chamada, tinha constipação e disquesia do lactente

A pequena Lulu Mendonça, de 3 anos, filha dos jornalistas Arthur Luís Cardoso e Maria Júlia Nóbrega de Mendonça, que viralizou nas redes por "vender" uma colher de pau ao pai por R$ 95, teve disquesia do lactente nos primeiros meses de vida.

"Ela ficava toda vermelhinha, gemia muito, chorava e não conseguia fazer cocô, porque, na hora de fazer força, em vez de fazer força para evacuar, acabava segurando, prendendo o cocozinho. [...] Para fazer o cocô, fazia muita força, era bem sofrido. Isso durou alguns meses, se não me engano, até, mais ou menos, 9 meses [ou] 10 [meses], era bem difícil. Acordávamos muito assustados", contou a mãe em um vídeo publicado no TikTok.

De acordo com a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), a disquesia não é uma doença. Trata-se de um distúrbio funcional do trato gastrointestinal (sistema digestivo), que pode acontecer com bebês que se alimentam de leite materno ou outros tipos de leite, caracterizado pela dificuldade para evacuar.

"É um sistema imaturo [o digestivo] e que ainda está em desenvolvimento, demorando um pouco até que tudo esteja em pleno funcionamento. Ela [disquesia] é decorrente da incoordenação entre a contração da musculatura abdominal e o relaxamento do assoalho pélvico antes da ocorrência da evacuação ou eliminação dos gases", explica a pediatra Amanda de Santana Ferreira, pós-graduada em nutrologia pela Abran (Associação Brasileira de Nutrologia).


Isso significa que o bebê não é capaz de controlar de maneira correta o relaxamento da musculatura pélvica e a abertura do esfíncter anal. Portanto, apesar de fazer mais força, ele não consegue eliminar as fezes.

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A disquesia pode ocorrer em qualquer fase antes dos 9 meses dos pequenos, mas é mais comum nos primeiros três meses de vida.


A principal forma de reconhecer a condição é por meio do comportamento do bebê. Segundo Amanda, ele "fica irritado, vermelho, levanta as perninhas, se espremendo, pelo menos dez minutos antes de evacuar ou eliminar os gases. Após a eliminação, ele volta a ficar tranquilo".

Esses sintomas podem passar por uma piora durante o processo de introdução alimentar.

"Na fase de introdução alimentar, acontece uma mudança no padrão evacuatório desse bebê, porque esse intestino começará a receber alimentos com alto teor de fibras, carboidratos e proteínas mais complexas que as do leite que recebia antes. Isso pode ocasionar a constipação funcional [transtorno que causa evacuações dolorosas e pouco frequentes, escape fecal e dor abdominal]", complementa Amanda.

Com o tempo e de forma natural, o bebê amadurece e aprende a fazer os movimentos necessários à evacuação. Portanto, a disquesia passa sozinha, e ele começa a fazer cocô sem intercorrências.

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Justamente por essa característica passageira, Amanda aconselha os pais a ser pacientes enquanto a criança estiver com os sintomas de disquesia.

"Primeiro, muita calma dos pais, para que consigam transmitir tranquilidade ao bebê e auxiliar nesse processo. Podemos utilizar massagens, banhos relaxantes e até mesmo a posição da higiene natural. Medicamentos só são indicados após avaliação médica", afirma.

Se o pequeno já estiver na fase de introdução alimentar, frutas laxantes, como o mamão, podem ser úteis. Além do mais, aumentar a ingestão de água e usar probióticos também são opções.

No caso de Lulu, ela também tinha o intestino preso; portanto, os pais combinavam as massagens (movimento de "pedalar", por exemplo) com frutas e água de ameixa (que ajuda a hidratar as fezes e estimula a movimentação do intestino).

Maju disse ainda que as fezes da pequena eram mais duras do que o normal, mas, de acordo com Amanda, isso tem relação com a constipação, e não com a disquesia. "As fezes da disquesia normalmente são macias, como as comuns, mesmo", afirma.

Independentemente do quadro do bebê — disquesia, constipação ou ambos —, é importante procurar a ajuda especializada de um pediatra.

* Sob supervisão de Fernando Mellis

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