Saiba por que algumas pessoas possuem mais resistência ao metanol e por que isso é perigoso
Químico alerta que, apesar de alguns indivíduos não apresentarem sintomas graves, riscos continuam os mesmos
Saúde|Do R7
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O Ministério da Saúde informou que 59 casos de suspeita de intoxicação por metanol estão sendo investigados no país. Até o momento, uma morte foi confirmada no estado de São Paulo. A orientação do órgão é para as pessoas evitarem o consumo de bebidas destiladas sem procedência. Diante do aumento no número de casos, a pasta da Saúde anunciou a compra de mais antídoto e ampliação do estoque na rede pública para 5.000 ampolas.
Em entrevista ao Conexão Record News desta sexta-feira (3), Rogério Aparecido Machado, químico e doutor em saúde pública pela USP (Universidade de São Paulo), explica os fatores por trás de pessoas apresentarem diferentes reações à substância. Ele pontua que cada organismo reage de uma forma, lembrando da infecção por Covid-19 em que cada paciente possuía um tipo de resistência ao vírus.
“Tem gente que fica muito doente, outras mal sentem. Acontece o seguinte: depende da dose e se a pessoa estiver fraca, grosseiramente falando, estiver debilitada, ela vai sofrer muito mais. Tem gente que tem uma propensão muito maior a isso, que veja, é um envenenamento. Envenenamento é problemático, tudo depende da dose”, completa.
Apesar de algumas pessoas possuírem resistência maior, Machado alerta que isso não é um sinal verde para o consumo do álcool, devido aos efeitos danosos em altas doses e a longo prazo. Outro ponto citado é a dificuldade para o tratamento em casos com a maior quantidade de dosagem e o tempo de exposição. Ele lembra que, quanto mais tempo de metabolização do metanol no organismo, mais procedimentos para reverter são necessários — como a hemodiálise.
“Obviamente tem vários fatores que influenciam para um resultado mais grave ou não, o fato é que não dá para arriscar, porque é a vida que está em jogo”, alerta.
Apesar de não haver registro de adulteração em cervejas, Machado não descarta a possibilidade de haver casos futuros. Assim sendo, o especialista mantém a orientação de precaução ao consumir bebidas, com conferência da origem e consumo em lugares de confiança.
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