São Paulo estende medidas de afastamento social até 22 de abril
Fechamento de comércios e serviços não essenciais e de escolas fica mantido, como forma de diminuir a disseminação do coronavírus
Saúde|Fernando Mellis e Plinio Aguiar, do R7
O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta segunda-feira (6) que manterá, pelo menos, até o dia 22 de abril as restrições impostas ao comércio e aos serviços não essenciais em todo o estado, como forma de evitar a rápida disseminação do coronavírus.
"Nenhuma aglomeração de nenhuma espécie, em nenhuma cidade ou área do estado de São Paulo será admitida", afirmou o governador, ao ressaltar que a Polícia Militar poderá ser usada para que se cumpra a ordem.
Iniciadas em 24 de março, as medidas teriam efeito até amanhã. No entanto, o prefeito da capital já havia determinado o fechamento de serviços e comércios não essenciais a partir de 20 de março.
Um relatório do Ministério da Saúde alerta para o risco de São Paulo estar entrando na fase de aceleração descontrolada da epidemia, tendo em vista que é o segundo estado do país com o maior coeficiente de incidência: 9,7 infectados por 100 mil habitantes.
O estado também é o que registra o maior número de casos confirmados de covid-19 (4.620) e de mortos (275).
O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, ressaltou que houve uma queda do percentual de paulistas que aderiram ao isolamento social nos últimos dias. Por meio dos celulares da população, calculou-se que a mobilidade teve redução de até 62%, mas caiu recentemente para 56%.
"Houve um arrefecimento do impulso inicial. [...] Temos que ter acima de 70% da redução da mobilidade. É a única medida que nós temos no momento que é eficaz, é eficiente para determinar a redução da taxa de contaminação."