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'Segunda chance', diz paciente que está sem HIV há 17 meses

Pesquisa inédita e histórica da Unifesp conseguiu eliminar o vírus da aids de um homem de 35 anos que estava há sete anos infectado

Saúde|André Tal, da Record TV

Teste de HIV
Teste de HIV Teste de HIV

Uma pesquisa brasileira mostrou resultados positivos, e pode abrir caminho para uma possível cura da aids. O paciente, que tomou uma combinação de medicamentos, está sem sinais da doença há quase um ano e meio. O paciente de 35 anos está sem o vírus da aids há 17 meses. Ele, que estava infectado há quase sete anos, faz parte de uma pesquisa da Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp).

"Eu estou muito emocionado porque, assim, é uma coisa entre milhões de pessoas que querem, que desejam, almejam não ter o vírus no organismo. É um presente divino. É uma segunda chance de vida", diz o paciente, que não quer se identificar.

A pesquisa foi liderada pelo doutor Ricardo Diaz e pela pesquisadora Leila Giron. “A gente sempre tem que ter certeza que isso não foi um caso isolado que isso tem um fundo, como a gente acha que tem um fundamento biológico, e que isso pode ser replicado”, diz Leila. “O que a gente quer fazer agora expandir esse paciente não o deixarele ser igual a uma.”

O tratamento usou uma combinação de medicamentos. 

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“O problema do HIV é que ele tem um reservatório”, explica a pesquisadora. “Ele fica nas células de um jeito que a gente não sabe qual célula do corpo tem esse vírus. Então quando a gente dá essas drogas, o HIV consegue se replicar e a partir desse momento que o vírus consegue se replicar o sistema imune consegue enxergar essas células e a droga consegue fazer efeito.”

Agora, os pesquisadores precisam acompanhar o paciente por mais tempo para ter certeza que o vírus não vai voltar. Só assim, será possível dizer que ele está curado da aids. Mas o estudo brasileiro provocou euforia na comunidade científica internacional. É primeira vez que o HIV é eliminado sem um tratamento de risco.

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Dois outros homens, em Berlim e Londres, conseguiram se livrar do vírus da aids no passado, mas pra isso enfrentaram um perigoso transplante de medula.

A presidente da Sociedade de Infectologia do Rio de Janeiro, Tânia Constant Vergara, destaca: “Ele não fez nenhuma coisa além de dar medicamentos né ? Não foi feito um transplante no paciente. Ela usa medicamentos que já existem. É um marco muito importante e para nós brasileiros é um orgulho! A gente tem que torcer muito para que isso permanece assim e que o paciente seja curado.”

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