SP: 'Expectativa é que crescimento de óbitos desacelere', diz secretária
Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico, afirmou ainda que casos de covid-19 devem continuar avançando com aumento de testagem
Saúde|Ricardo Pedro Cruz, do R7
O Estado de São Paulo espera por uma desaceleração no ritmo de crescimento de mortes por covid-19 nas próximas semanas.
De acordo com Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico, a expectativa está fundamentada em projeções do chamado 'Plano São Paulo', programa que estabelece um conjunto de ações e regras para a retomada gradual da atividade econômica.
"A expectativa é que o crescimento de óbitos desacelere, que o crescimento de internações desacelere e, ainda, que o crescimento de casos confirmados cresça um pouco nas próximas semanas, porque a nossa expectativa é que nas próximas semanas aumente o número de testes", explicou a secretária.
Os possíveis cenários para os próximos sete dias serão detalhados na quarta-feira (2), em coletiva de imprensa com a participação do governador João Doria, no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista. No entanto, Patrícia Ellen antecipou que essa redução no número de hospitalizações poderá "desafogar" o sistema de saúde.
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A secretária também rebateu críticas de que o plano de retomada poderia não considerar as internações por SRAG (síndrome respiratória aguda grave), apontado por especialistas como um dos principais indicadores de subnotificação de ocorrências da doença provocada pelo novo coronavírus.
"Nós usamos casos confirmados e usamos também número de internações por síndrome respiratória aguda grave. Os dois dados estão sendo ponderados. A etapa de flexibilização, do amarelo em diante, ela só acontece quando a gente começa a ter a manutenção ou redução do número de novos casos e de novas internações nos últimos sete dias versus sete dias anteriores", disse.
Ocupação de leitos de UTI
José Henrique Germann, secretário estadual de Saúde, confirmou que as taxas de ocupação de leitos de UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo) seguem estáveis, com 73,5% em todo o estado e 85,3% na Região Metropolitana.
São Paulo é o estado mais afetado pela pandemia, com 118.295 casos confirmados e 7.994 mortes desde o primeiro registro oficial.