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Um milhão contrai DSTs por dia. Falta de preservativo é motivo

Dado foi divulgado pela OMS nesta quinta-feira (6); maior crescimento do HIV se dá entre homens entre 15 e 39 anos, umas das principais DSTs do país

Saúde|Giovanna Borielo, do R7*

Não usar preservativo leva ao risco de doenças sexualmente transmissíveis
Não usar preservativo leva ao risco de doenças sexualmente transmissíveis

Um milhão de pessoas contrai DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) por dia no mundo, segundo boletim divulgado nesta quinta-feira (6) pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Estima-se que das 357 milhões de novas infecções sejam por uma dessas doenças: clamídia, sífilis, gonorreia e tricmoníase.

Segundo o ginecologista Cesar Fernandes, presidente da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), as principais DSTs em circulação no Brasil são o HIV, hepatite C, clamídia, sífilis, gonorreia, candidíase e tricmoníase.

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A faixa etária de15 e 39 anos é a que o HIV mais avança no Brasil, principalmente entre homens. Cerca de 73% dos homens infectados estão dentro dessa faixa etária. A taxa de incidência é de 52 para cada 100 mil habitantes, segundo o Ministério da Saúde. 


"A maior causa de essas doenças circularem tanto é a falta de utilização de preservativos, principalmente entre os jovens. Eles pensam que isso nunca vai acontecer com eles, que isso só acontece com os outros. E a falta do uso de camisinha não é nem por falta de acesso à proteção, porque o sistema de saúde distribui camisinhas gratuitamente", afirma o médico.

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Outra estatística divulgada pela OMS é quanto às infecções por HPV (Vírus do papiloma humano). Segundo a organização, estima-se que cerca de 290 milhões de mulheres estejam infectadas pelo HPV. Fernandes afirma que, além da camisinha, a transmissão desse vírus pode ser evitada por meio da vacinação, eferecida pelo SUS.

De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o vírus do HPV está associado a infecções causadoras de cânceres, sendo o principal o câncer de colo de útero. O órgão estima que, em 2019, 16 mil novos casos de câncer de colo uterino sejam identificados. Cânceres de vagina, vulva, pênis, ânus, ororfaringe e boca também estariam associados a infecções pelo vírus. 


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"A maioria dessas doenças pode ser tratada garatuitamente pelo SUS e tem boa evolução. Doenças como a clamídia e a gonorreia, se não tratadas, podem causar infertilidade tanto em homens como em mulheres, e é importante que o tratamento não seja unicamente do infectado, mas do casal", finaliza o ginecologista.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini

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