Vacina de Oxford não previne casos leves da variante sul-africana
Estudo de pequeno porte indica que o imunizante não evita casos leves e moderados causados pela cepa da África do Sul
Saúde|Do R7
Um estudo de pequeno porte realizado na África do Sul afirma que a vacina da Oxford / AstraZeneca "não demonstrou proteção contra casos leves e moderados de covid-19" causados pela variante do novo coronavírus descoberta no país. Os resultados foram publicados nesta terça-feira (16) no New England Journal of Medicine.
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O relatório preliminar, que já havia sido anunciado em fevereiro pela Universidade de Oxford, foi usado pelo governo sul-africano na decisão de reduzir a aplicação do imunizante no país. Os números de pessoas infectadas nos grupos que receberam a vacina e o placebo não foram significativamente diferentes entre si.
Casos leves
O estudo, de especialistas de Oxford e da Universidade Sul-africana de Witwatersrand foi feito com 2.026 pessoas, com média de idade de 30 anos, entre junho e novembro do ano passado. Dos 717 que receberam placebo, 23 (3,2%) desenvolveram a doença e, entre os 750 que receberam a vacina, o total foi de 19 contaminados (2,5%).
Desses 42, 41 tiveram amostras sequenciadas geneticamente e o resultado foi que 39 tinham contraído a cepa sul-africana do coronavírus.
Em fevereiro, quando os primeiros resultados foram anunciados, a AstraZeneca afirmou que ainda acreditava que a vacina evitaria casos graves e internação pela variante. No entanto, o estudo realizado com pessoas predominantemente jovens e saudáveis não tinha o escopo necessário para avaliar isso.
"Não houve casos de hospitalização por casos sérios de covid-19 observados no estudo", escreveram os autores. Também não foram registradas mortes entre os participantes.