O primeiro paciente confirmado com varíola dos macacos foi internado no último dia 6
Brian W.J. Mahy/Reuters -Os casos iniciais confirmados de varíola dos macacos no Reino Unido, primeiro país que alertou a OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre a doença, estão ligados à variante detectada na África Ocidental, que é menos grave, indicou nesta quinta-feira (19) a agência da ONU.
Em um relatório de acompanhamento da situação no território britânico, que não aborda outros países, a OMS explica que a esta mutação tem uma letalidade de 1%, enquanto a variante registrada na África Central chega a 10%.
A OMS alerta que esta doença, que é transmitida através de gotículas ou contato direto com a pele ou objetivos contaminados, representa um risco adicional para crianças e mulheres grávidas, que podem transmitir para os fetos.
A organização, além disso, apontou que a vacina contra a varíola tradicional é bastante eficaz contra a doença. No entanto, como a doença foi erradicada há 40 anos e as campanhas de imunização terminaram pouco depois, as gerações mais jovens não contam com essa proteção.
No relatório, a OMS recomenda que qualquer pessoa que fique doente após voltar de uma região endêmica, notifique aos serviços de saúde locais.
Viajantes dessas áreas e residentes nelas devem evitar o contato com animais mortos e doentes, especialmente, roedores (principais meios de transmissão da varíola), marsupiais ou primatas, aponta a OMS.
Além disso, é recomendado que não seja feito o consumo de carne de caça ou de animais selvagens nessas regiões.
A OMS opta, por, no momento, não recomendar restrições de movimento no Reino Unido e recorda a importância da higiene nas mãos para reduzir a transmissão de doenças infecciosas.
O primeiro paciente confirmado com varíola dos macacos foi internado no último dia 6 e diagnosticado com a doença seis dias depois. No dia 15, houve alerta à OMS da presença de vários casos no país.