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Vírus geneticamente modificado ajuda a combater o câncer de pâncreas avançado

Resultados mostram que técnica atinge tumores primários e metástases, além de provocar poucos efeitos colaterais

Saúde|

Imagem mostra células cancerosas pancreáticas (em azul)
Imagem mostra células cancerosas pancreáticas (em azul) Imagem mostra células cancerosas pancreáticas (em azul)

Um vírus geneticamente modificado para reconhecer e atacar células tumorais mostrou-se seguro e eficaz no combate ao câncer de pâncreas avançado, de acordo com um estudo liderado pelos espanhóis Idibell (Instituto de Pesquisa Biomédica de Bellvitge) e ICO (Instituto Catalão de Oncologia).

Estes são os resultados de um ensaio clínico de fase 1, que foram publicados na revista científica Journal of ImmunoTherapy of Cancer, e que mostram que a administração deste vírus, denominado VCN-01, "é viável e uma possível nova ferramenta" no tratamento do câncer de pâncreas avançado, explicou o Idibell em comunicado nesta quarta-feira (4).

Os resultados preliminares "animadores" da atividade antitumoral do VCN-01 mostram que o vírus é ativo, atinge tumores primários e metástases e desencadeia a resposta do sistema imunológico contra tumores.

Além disso, o estudo revela que a administração intravenosa do vírus não desencadeia efeitos adversos significativos, e apenas em alguns casos os pacientes apresentam febre ou sintomas gripais que acabam revertendo.

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"Os dados obtidos neste ensaio clínico mostram a segurança e o potencial da imunoterapia com o vírus VCN-01. Esses dados já foram revisados ​​e espera-se que um ensaio clínico de fase 2 com o mesmo vírus tenha início no segundo semestre de 2022", detalhou o líder do estudo, Ramón Salazar.

Apesar dos avanços recentes, o prognóstico para pacientes com câncer pancreático ainda é "bastante ruim", com sobrevida média inferior a um ano.

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A administração intravenosa de vírus oncolíticos tem limitações, pois, por um lado, a filtragem no fígado ou no baço reduz a disponibilidade do vírus e, por outro, aumenta as chances de gerar efeitos colaterais indesejados.

No entanto, o vírus VCN-01, de propriedade da VCN Biosciences, uma empresa surgida do Idibell, aborda essas limitações por meio de duas modificações genéticas.

Primeiro, expressa uma proteína de superfície que impede que o vírus seja retido no fígado e o direciona para o tumor; e, além disso, expressa uma enzima que degrada a matriz extracelular do tumor, facilitando a disseminação do vírus pelo tumor e a ação do sistema imunológico.

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