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Afinal, existe um lado oculto da Lua que a humanidade não conhece?

Tema de filmes e livros, região pode não ser vista a olho nu da Terra, mas já foi completamente mapeada nos anos 50 e 60

Tecnologia e Ciência|Lucas Ferreira, do R7

Lado oculto da Lua possui mais crateras do que a face que se pode ver da Terra
Lado oculto da Lua possui mais crateras do que a face que se pode ver da Terra Lado oculto da Lua possui mais crateras do que a face que se pode ver da Terra

O lado oculto da Lua mexe com a curiosidade das pessoas e alimenta até teorias conspiratórias. Essa suposta região desconhecida de algo que pode ser visto aqui da Terra é cercada de mistério e já foi abordada em filmes e livros, mas a verdade é que o “lado de lá” já é conhecido há mais de 60 anos pelos cientistas.

O divulgador científico Wandeclayt Melo, membro do projeto Céu Profundo, afirma que as missões de exploração espacial na época da Guerra Fria foram responsáveis por fazer esse mapeamento.

“Esse mistério existiu até a década de 1950, 1960, quando conseguimos mandar os primeiros robôs para fazer imagens do outro lado. A primeira vez que a gente conseguiu circular a Lua com um ser humano foi no projeto Apolo”, conta Melo em entrevista ao R7.

Diferentemente do que as obras de ficção retratam, a face que não está voltada para a Terra é similar ao lado que pode ser visto por todos, e não há nada de mágico ou extraordinário. 

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De acordo com Melo, os lados "são muito parecidos em termos de crateras", mas sem tantos afloramentos de lava quanto no lado visto a olho nu. Isso porque, assim como a Terra, a Lua também já possuiu vulcões.

Por que só vemos um lado da Lua?

Primeira foto registrada pela Nasa do lado oculto da Lua
Primeira foto registrada pela Nasa do lado oculto da Lua Primeira foto registrada pela Nasa do lado oculto da Lua

Enquanto a Terra tem um movimento de rotação que demora um dia e um de translação que leva um ano, a Lua possui a rotação e a translação sincronizadas em 24 horas. Segundo Melo, esse "balé", que torna um lado oculto, não é coincidência, mas sim um efeito provocado pela gravidade exercida pelo planeta.

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“Essa coincidência na velocidade do movimento de rotação com o movimento de translação dela, com relação às estrelas, faz com que a Lua mostre sempre a mesma face para a gente. Só que isso não é coincidência, é uma consequência gravitacional.”

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A Lua está entre 360 mil e 400 mil km de distância do nosso planeta e tem uma inclinação de 5 graus que faz com que seja possível ver mais da metade de sua superfície a olho nu. O efeito de libração, uma espécie de balanço da Lua, ainda proporciona um ângulo maior de visibilidade a quem a está observando aqui debaixo.

“O lado oculto da Lua é tão misterioso quanto seria Marte. Eu não vejo a olho nu daqui, mas a gente consegue ir lá e mapear completamente. Não tem nenhum cantinho que a gente já não tenha visto”, conclui Melo.

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