Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Tecnologia e Ciência

Ameaça para navios: icebergs três vezes maiores que a cidade de São Paulo se desprendem da Antártica

Os dois blocos de gelo que se soltaram são monitorados por especialistas por poderem colocar em risco também a pesca e até a vida selvagem

Tecnologia e Ciência|Do R7

Os dois blocos enormes são de topo plano e pode ter influência no ambiente
Os dois blocos enormes são de topo plano e pode ter influência no ambiente

Dois icebergs gigantes do tamanho de cidades se desprenderam da Antártica, e passaram a ser monitorados por cientistas. Os blocos de gelo, que estão seguindo para o norte, preocupam os cientistas já que podem afetar as navegações, pesca e até a vida selvagem.

O iceberg nomeado de A81, que é do tamanho da cidade de São Paulo, foi fotografado por um grupo de pesquisadores que sobrevoavam a base britânica Halley. Outra equipe navegou em volta do outro bloco gigante de gelo, o A76a, que é ainda maior, com área de duas cidades de São Paulo.

Um dos icebergs possui o tamanho de duas cidades de São Paulo
Um dos icebergs possui o tamanho de duas cidades de São Paulo

A embarcação demorou 24 horas para dar a volta no iceberg durante o retorno para casa. "Chegamos bem perto em alguns pontos e tivemos uma visão muito boa dele. Coletamos água ao redor do iceberg usando canos especiais não contaminados sob o navio, então temos muitas amostras para estudar", relatou o professor Geraint Tarling, que estava a bordo do Royal Research Ship Discovery,

Ambos os icebergs levararam décadas para derreter, mas isso não significa que não tenham nenhum impacto no ambiente. Com os grandes volumes de água que caem no mar por causa do derretimento, muita poeira mineral que estava congelada é liberada.


Esses nutrientes que estimulam a vida no mar aberto foram incorporados no gelo ao longo do tempo em que teve contato com o leito rochoso da Antártica. Por outro lado, as grandes quantidades de água doce liberada podem dificultar o funcionamento de determinados organismos.

O A76a, com 3 mil km², está sendo levado para o norte, em direção às ilhas Malvinas e Geórgia do Sul, por causa dos ventos e correntes, o que representa mais uma preocupação. Isso porque, se o iceberg seguir em direção ao leste, pode ficar preso na água rasa da plataforma continental da Geórgia do Sul ou até entre as ilhotas da região.


"Se ele ficar encalhado, nossa maior preocupação é a ruptura e o impacto dos icebergs (menores) nos movimentos das embarcações na região", explicou Mark Belchier, diretor de pesca e meio ambiente do governo da Geórgia do Sul e das Ilhas Sandwich, segundo a BBC News.

Com as diversas embarcações que passam na região e a pesca, existe o temor com o futuro desses enormes pedaços de gelo. 


"Embora a temporada turística esteja chegando ao fim, nossas pescarias operam durante os meses de inverno, então isso pode afetar as operações. Esse iceberg tem o potencial de causar problemas localizados em alguns de nossos animais selvagens, embora, é provável que seja um problema menor se ele acabar durante o inverno, quando a maioria dos animais pode se alimentar em distâncias maiores e não precisam voltar para a terra para alimentar os filhotes - ou se tiver se deslocado mudando completamente da ilha", completa Belchier.

VEJA TAMBÉM: De rio congelado a iceberg gigante! Veja 10 fotos tiradas do espaço

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.