Apagões na internet: uma ameaça futura ligada a intrigas internacionais
Cabos submarinos que transportam dados importantes pela internet tornam-se alvos de sabotagem de vários países
Tecnologia e Ciência|Do R7
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Para esta matéria aparecer na tela do seu computador ou do seu celular, ele precisa antes passar por extensos cabos submarinos, um sistema de transmissão global que funciona como uma ponte para a internet chegar até a sua casa. Por lá também passam informações pessoais cadastradas em sites, dados de pagamento e até segredos do governo. Estes importantes cabos podem agora estar em risco, não por conta de desgastes naturais, mas sim por possíveis atos de sabotagem. Um estudo da Universidade de Washington, Seattle, apontou que cerca de 10 cabos foram rompidos desde 2022 no Mar Báltico.
Estes sistemas de cabos foram estabelecidos ao longo da década de 90 e são capazes de transportar informações em altíssima velocidade. Antigamente, como aponta o especialista em tecnologia e inovação Arthur Igreja em entrevista ao Conexão Record News desta sexta (5), eles pareciam estar protegidos justamente pelo fato de estarem no fundo do mar, mas hoje a situação não é mais a mesma. “Nós temos notícias de que alguns países estão desenvolvendo navios que seriam capazes, não só de jogar âncoras para destruir esses cabos, mas até mesmo para conseguir capturá-los e também monitorar os dados que por ali passam.”
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Cada vez mais as informações dos usuários da internet tornam-se um produto valioso para se ter posse e muitos destes supostos acidentes seriam na verdade incidentes que buscam uma vantagem geopolítica, como aponta Igreja, que acredita que o desenvolvimento destes navios poderia abrir possibilidade para um cenário de potencial guerra, “Desde a Primeira Guerra Mundial, um dos primeiros pontos que é atacado, é justamente a infraestrutura, o rompimento de pontes, o rompimento de aeroportos, das ferrovia, das rodovias. Na era da informação, imagina o dano que poderia causar deixar um país num apagão tecnológico”

Pensando neste cenário de guerra tecnológica, o especialista supõe que no futuro os países dariam mais importância aos cabos, posicionando-os estrategicamente, como o Japão faz hoje, e criando tratados de aliança militar para defender tais obras. Ele também prevê a possibilidade da utilização de satélites que serviriam como um “plano B” caso um dos cabos fosse cortado. Data centers dentro das fronteiras de cada nação também adotariam este papel.
Uma invenção mudaria completamente o jogo destas disputas seria o computador quântico, um aparelho com um processamento de informações extremamente rápido e avançado. Igreja dá a dimensão do impacto que máquina teria: “Recentemente o Google conseguiu só com pequenos computadores quânticos resolver em minutos problemas matemáticos que mesmo nos mais avançados computadores disponíveis hoje, durariam milhares de anos.” As consequências seriam tão grandes que ele acredita na existência de um “momento ChatGPT”, ou seja, tal tecnologia invadiria repentinamente as nossas vidas, assim como aconteceu com a IA.
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