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Tecnologia e Ciência

Asteroide a 321 milhões de km da Terra contém vestígios que podem indicar vida extraterrestre

Compostos foram descobertos em amostras coletadas do Ryugu pela sonda Hayabusa2, lançada pela agência espacial do Japão

Tecnologia e Ciência|Maria Cunha*, do R7

5,4 gramas de grãos rochosos do asteroide Ryugu estão sendo estudadas desde 2020
5,4 gramas de grãos rochosos do asteroide Ryugu estão sendo estudadas desde 2020

Um asteroide a 321 milhões de km da Terra pode ser considerado uma prova da existência de vida alienígena em outros planetas.

O corpo celeste contém mais de 20 tipos de aminoácidos, chamados de “blocos de construção da vida” pelos cientistas japoneses, já que têm a função de construir as proteínas que os organismos vivos produzem com base em seu código de DNA.

De acordo com especialistas, os compostos foram descobertos em amostras coletadas do asteroide Ryugu pela sonda japonesa Hayabusa2 em 2018 e 2019. Desde 2020, cientistas analisam uma amostra coletada de 5,4 gramas de grãos rochosos do corpo celeste. 

Embora os aminoacidos sejam os compostos orgânicos dos quais a vida que conhecemos é feita, eles não são necessariamente restos de organismos vivos antigos. Segundo o tabloide britânico Daily Mail, os vestígios podem ter se formado por meio de processos geológicos naturais, como os que formaram o Sistema Solar.


O consenso científico atual é que Ryugu se originou de detritos deixados pela colisão de dois asteroides maiores, o que não pode ser verdade se o asteroide for rico em conteúdo orgânico porque a matéria teria sido degradada ou destruída pelas altas temperaturas de uma colisão.

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Os cientistas esperam confirmar esse nível de matéria orgânica assim que a análise das amostras devolvidas estiver concluída.


Ryugu é um asteroide próximo à Terra do tipo carbono, com cerca de 1 km de diâmetro e em uma órbita entre a Terra e Marte.

Testes anteriores já mostraram que a rocha espacial contém alguns dos "materiais mais primordiais" já examinados, com cientistas dizendo que poderia resolver o mistério de como o sistema solar se formou.


Especialistas da Universidade de Queensland, Austrália, disseram que as amostras são muito porosas e podem ser a chave para entender como os primeiros blocos de construção da vida chegaram à Terra há 4,5 bilhões de anos, disse a equipe.

*Estagiária do R7, sob supervisão de Pablo Marques

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