Astrônomos descobrem 12 novas luas de Júpiter, e planeta soma 92 satélites naturais
Os corpos celestes foram observadas entre 2021 e 2022, mas apenas agora confirmou-se que se tratam de luas
Tecnologia e Ciência|Do R7
Na última semana, astrônomos anunciaram a descoberta de 12 novas luas de Júpiter. A descoberta faz com que o planeta ultrapasse Saturno, ao somar agora 92 satélites naturais no total.
Segundo a revista Sky and Telescope, a divulgação das novas luas foi publicada pelo Minor Planet Center (MPC), que é operado pelo Smithsonian Astrophysical Observatory. Essa nova descoberta define o maior planeta do Sistema Solar como o corpo solar com maior número de satélites naturais.
O astrônomo do Carnegie Institute for Science em Washington, Scott Sheppard, foi o responsável por submeter para publicação as observações do sistema joviano (os planetas gasosos do Sistema Solar - Júpiter, Saturno, Urano e Netuno), feitas entre 2021 e 2022.
Para a observação foi uilizado o Telescópio Subaru no Havaí, em setembro de 2021, e a Dark Energy Camera localizada no telescópio Blanco, no Observatório Interamericano Cerro Tololo, no Chile, em agosto de 2022.
A demora para confirmar que os objetos celestes são luas ocorreu devido a necessidade dos astrônomos rastrearem as rochas em uma órbita completa, para garantir que elas estivessem realmente orbitando Júpiter.
As novas luas descobertas de Júpiter circundam longe da superfície do planeta, levando mais de 340 dias da Terra para completar uma órbita no planeta gigante. Nove das 12 luas estão particularmente ainda mais longe do planeta, o que significa que demoram mais para dar uma volta completa, cerca de 550 dias.
Esses nove satélites também possuem órbitas retrógradas, o que significa que sua rotação é no sentido contrário à rotação de Júpiter. A movimentação contrária implica que a imensa influência gravitacional do gigante gasoso pode ter capturado essas luas, com as menores possivelmente sendo restos de corpos maiores quebrados por colisões.
As outras luas recém-descobertas estão em órbitas progressivas, o que sugere que se formaram em torno do planeta. Acredita-se que apenas cinco das nove luas tenham um diâmetro superior a 8 km, apesar disso, elas deveram receber nome.
“A União Astronômica Internacional permite a nomeação de qualquer lua com mais de 2,4 km de tamanho, metade das quais dessas novas descobertas são maiores do que isso, então elas receberão nomes”, disse Sheppard. Os nomes de cada nova lua deverá ser divulgado pelo Minor Planet Center em breve.
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