Dara Khosrowshahi passou alguns meses trabalhando como motorista do aplicativo
Reprodução/YouTube/UberO CEO da Uber passou alguns meses vivendo a experiência de trabalhar como motorista para o aplicativo e acabou reclamando da experiência. A ideia faz parte do Projeto Boomerang, criado pela empresa.
Após ser entregador do Uber Eats, Dara Khosrowshahi, CEO da empresa, decidiu se tornar motorista do aplicativo pelas ruas de São Franscisco, na Califórnia. Segundo o jornal The Wall Street Journal, ele dirigiu um Tesla Y, veículo elétrico, a partir de setembro de 2021.
Com o apelido de Dave K, o CEO realizou cem viagens para compreender quais eram os problemas da empresa, que não estava atraindo motoristas após a pandemia da Covid-19.
A iniciativa faz parte do Projeto Boomerang, criado pela Uber para melhorar o trabalho dos motoristas que prestam o serviço, após uma escassez no número de funcionários ser identificada.
"Toda a experiência foi bastante desajeitada. Acho que a indústria como um todo, até certo ponto, não dá valor aos motoristas", afirmou Dara ao jornal.
Ele enfrentou uma série de dificuldades que explicam o desinteresse pelo aplicativo, como dificuldade na navegação, gorjetas baixas e punição por rejeitar viagens sem informação do destino ou do valor.
A partir da experiência frustrante, o CEO realizou mudanças na empresa, principalmente em relação aos parceiros. "Ainda falta muito, mas melhorando a cada dia", disse ele, que acabou recebendo diversas críticas nas redes sociais após a divulgação da experiência.
Veja também
-
Tecnologia e Ciência
Elon Musk retorna com passarinho azul no logo do Twitter após trocar por cachorro
-
Tecnologia e Ciência
EUA iniciam estudo para possível regulação de inteligência artificial como ChatGPT
-
Tecnologia e Ciência
Serviço de reserva do Google pagará a diferença ao cliente se preço de passagem aérea cair
Um usuário do Twitter afirmou que o trabalho feito por Dara foi curto: "Tente viver dessa renda por um ano".
"Os CEOs devem ter pelo menos o entendimento elementar da experiência de todas as filiais da empresa e não esperar seis anos, especialmente considerando que suas remunerações são de 8 a 9 dígitos, e o trabalhador mais baixo é compensado no limite inferior de 5", destacou outra pessoa.
"Sou motorista de meio período e até mesmo as metas de fim de semana parecem ser um desânimo para dirigir em vez de um incentivo. Os surtos de adição [de paradas] continuam a não ser calculados corretamente", reclamou outro.
LEIA ABAIXO: Os objetos mais esquecidos nos carros de aplicativo no Carnaval