China lança com sucesso missão que ficará 6 meses no espaço
Tripulação de 3 astronautas vai fazer experimentos e caminhadas espaciais no módulo de estação que está em órbita desde abril
Tecnologia e Ciência|Do R7
A mais longa missão tripulada da história do programa espacial da China começou com um lançamento bem-sucedido no início da tarde desta sexta-feira (15, início da madrugada de sábado no horário local). O foguete Longa Marcha 5B, que carregava a nave Shenzhou-13, com três astronautas a bordo, partiu da base de Jiuquan, no deserto de Góbi, no noroeste do país.
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Os membros da tripulação vão passar seis meses no módulo da estação espacial chinesa Tiangong, que está em órbita desde o fim de abril. Esta é a quinta missão do programa a ser realizada apenas em 2021.
A tripulação, formada por Zhai Zhigang (55 anos), o primeiro chinês a fazer uma saída extraveicular, em 2008, Wang Yaping (41 anos), a segunda chinesa a viajar ao espaço, e Ye Guangfu (41 anos), em seu primeiro voo espacial, vai conduzir diversos experimentos, fazer caminhadas espaciais e instalar equipamentos na estação.
Corrida espacial
O cronograma de missões do programa espacial chinês avançou de forma agressiva em 2021. O primeiro módulo da estação, chamado Tianhe ("Harmonia celestial"), foi colocado em órbita em uma missão que partiu em 29 de abril.
Desde então, outras três missões foram realizadas, em maio, junho e setembro. Na decolagem de maio, três astronautas foram para a estação, onde passaram 90 dias, a missão tripulada mais longa até a desta sexta.
A Agência Espacial Chinesa (CMSA, na sigla em inglês) anunciou que os tripulantes farão de duas a três "missões extraveiculares". Com isso, Wang Yaping deve se tornar a primeira mulher chinesa a caminhar no espaço.
Wang, que esteve no espaço em junho de 2013 como tripulante da missão Shenzhou-10, chegou a dar uma aula a uma audiência calculada em cerca de 60 milhões de crianças chinesas. Na missão que se inicia nesta sexta-feira, ela deverá dar mais uma aula a alunos de todo o país.
Com a quinta missão neste ano, a China busca reduzir seu atraso em relação a outras potências espaciais, como os EUA, a Rússia e a União Europeia. Para 2022, estão previstas pelo menos outras seis decolagens para continuar o processo de montagem da estação espacial.