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Tecnologia e Ciência

Cientistas da Nasa criam 'cartão-postal' com imagens de Marte

Dez anos após a chegada do rover Curiosity ao planeta vermelho, imagens mostram a paisagem marciana como nunca se viu antes

Tecnologia e Ciência|Sofia Pilagallo*, do R7

Registro foi feito em 16 de novembro, quase dez anos depois da chegada do robô a Marte
Registro foi feito em 16 de novembro, quase dez anos depois da chegada do robô a Marte

Cientistas da Nasa, a agência espacial americana, adicionaram cor a duas fotos em preto e branco, registradas pelo robô Curiosity, para obter uma visão única e nunca antes vista da paisagem marciana. O registro foi feito em 16 de novembro, quase dez anos depois da chegada do Curiosity a Marte, em 26 de novembro de 2011.

Segundo o JPL (Jet Propulsion Laboratory), da Nasa, o robô tirou as imagens em dois momentos do dia — primeiro, às 8h30, e, depois, às 16h10 (horário local de Marte) —, o que proporcionou condições de iluminação contrastantes que revelaram uma variedade de detalhes da paisagem.

A equipe, então, combinou as duas cenas em uma recriação artística que inclui: elementos da cena da manhã, em azul; elementos da tarde, em laranja; e uma combinação de ambas, em verde.

Foto de Marte tirada às 8h30
Foto de Marte tirada às 8h30
Foto de Marte tirada às 16h10
Foto de Marte tirada às 16h10

No centro da imagem, é possível ver o monte Sharp, ou Aeolis Mons, uma montanha de 5 quilômetros de altura que o Curiosity vem escalando desde 2014, situada na cratera de impacto Gale. No centro e à direita, podem ser vistas colinas arredondadas e um campo de ondulações de areia conhecido como Sands of Forvie, que se estende por 400 a 800 metros de distância.


Na extremidade direita do panorama, por sua vez, está a íngrime montanha Rafael Navarro, nome dado em homenagem a um cientista da equipe do Curiosity que morreu no início deste ano.

Há quase uma década na superfície de Marte, o Curiosity não é mais o único robô no planeta vermelho. Em fevereiro, o Perseverance e o helicóptero Ingenuity, também da Nasa, pousaram atrás de sinais de vida microbiana antiga, sobretudo na cratera de impacto Jezero. Em maio, a China também enviou o rover Zhurong.


Bilhões de anos atrás, a cratera abrigava um lago e o delta de um rio, o que possivelmente a torna um bom lugar para procurar por sinais de “vida”. A Nasa planeja uma missão para trazer cerca de 30 amostras para a Terra na década de 2030, ocasião em que os cientistas serão capazes de conduzir análises mais detalhadas que possam confirmar a existência de vida microbiana.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Fábio Fleury

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