Doença rara faz com que cobras tenham aspecto de múmias
Sinais da enfermidade podem incluir crostas, úlceras ou nódulos na pele, escamas descoloridas, olhos encobertos e cabeça desfigurada
Tecnologia e Ciência|Laís Vieira, do R7*
O primeiro caso da doença de fungo em cobras foi detectado na Califórnia, nos Estados Unidos. O fungo faz com que as serpentes fiquem magras e a pele com crostas dando um aspecto de múmia.
Leia também: A cobra coberta por mais de 500 carrapatos resgatada na Austrália
O caso foi confirmado pelo Departamento de Pesca e Vida Selvagem da Califórnia em uma cobra-rei (Lampropeltis californiae). A cobra, que estava magra e sofrendo de grave doença de pele, foi encontrada por um membro do grupo na beira de uma estrada. Devido às condições de saúde, teve que ser sacrificada pelo Laboratório de Investigação da Vida Selvagem da Califórnia.
Leia também: O drama das araras-azuis e outros animais sob risco de extinção e acuados pelo fogo no Pantanal
O laboratório enviou o réptil para a Universidade de Illinois, nos EUA, onde realizaram exames e testes e confirmaram que o animal morreu infectada pelo fungo (Ophidiomyces ophiodiicolafungo) que causa SFD, é uma doença recém-emergente em cobras.
Os casos podem ser leves ou podem oferecer risco de vida, como foi o caso da cobra-rei. Os sinais da doença podem incluir crostas, úlceras ou nódulos na pele, escamas descoloridas, olhos encobertos e cabeça desfigurada.
Leia também: Mão com aliança de turista desaparecido é encontrada em barriga de tubarão
O fungo vive no solo e pode ser transmitido por contato direto com outras cobras infectadas. As espécies que compartilham tocas podem sofrer maior risco do que aquelas que vivem isoladas.
Identificado pela primeira vez em 2008, o SDF foi detectado em mais de 30 espécies de cobras nos EUA e na Europa.
Sucuri de 5 metros é flagrada em rio após engolir uma capivara inteira
*Estagiária do R7, sob supervisão de Pablo Marques