Estudante descobre nova espécie de dinossauro e desafia teorias de extinção
Nova espécie revelada por Kyle Atkins-Weltman sugere maior diversidade no período final dos dinossauros
Tecnologia e Ciência|Do R7
Kyle Atkins-Weltman, estudante de doutorado da Universidade Estadual de Oklahoma, descobriu uma nova espécie de dinossauro ao adquirir ossos de um revendedor particular. Inicialmente, ele acreditava que os fósseis pertenciam ao Anzu wyliei, mas a análise revelou uma nova espécie, chamada Eoneophron infernalis (“galinha do amanhecer do faraó vinda do inferno”). Menor que o Anzu wyliei, o novo dinossauro media cerca de 90 cm e pesava entre 68 e 72 kg. Seus fósseis foram encontrados na Formação Hell Creek, conhecida por outras descobertas de dinossauros.
O uso de técnicas modernas de paleohistologia, que estudam as microestruturas dos ossos fósseis, foram cruciais para a identificação da nova espécie. Atkins-Weltman e seus colegas, como o Dr. Eric Snively e a Dra. Holly Woodward-Ballard, notaram que os ossos pertenciam a um animal adulto, não a um jovem Anzu, como ele pensaram inicialmente. A Dra. Woodward-Ballard explicou que os anéis ósseos mais espaçados indicam rápido crescimento juvenil, enquanto os mais próximos sugerem maturidade.
A descoberta foi publicada na PLOS One em janeiro, marcando a primeira publicação de um aluno da Universidade Estadual de Oklahoma em uma revista revisada por pares com a descoberta de uma nova espécie de dinossauro. O nome Eoneophron infernalis também é uma homenagem ao falecido lagarto de estimação de Atkins-Weltman, Faraó, um lagarto monitor do Nilo.
Atkins-Weltman ficou surpreso com a descoberta e descreveu o momento como um processo gradual de compreensão. “Meu coração pulou uma batida porque eu nunca esperei que algo assim caísse no meu colo”, disse ele, que agora pretende continuar sua carreira como paleontólogo, contribuindo para o estudo da evolução dos dinossauros.
Além de enriquecer a história evolutiva dos dinossauros, a descoberta sugere que muitos fósseis armazenados em museus podem representar espécies desconhecidas, aguardando reclassificação por meio de análises mais avançadas. Atkins-Weltman e sua equipe acreditam que ainda há muitos dinossauros dos últimos anos do Cretáceo por descobrir, especialmente com o uso de novas tecnologias.