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Ex-conselheiro de Trump usou Facebook para desencorajar voto

Ex-funcionário da Cambridge Analytica Christopher Wylie afirma que propagandas foram planejadas para tirar votos de Hillary Clinton

Tecnologia e Ciência|Pablo Marques, do R7

Christopher Wylie prestou esclarecimento ao Congresso dos EUA
Christopher Wylie prestou esclarecimento ao Congresso dos EUA Christopher Wylie prestou esclarecimento ao Congresso dos EUA (Reuters/Al Drago)

O ex-funcionário da consultoria Cambridge Analytica Christopher Wylie foi ao Congresso dos EUA, nesta quarta-feira (16), para prestar esclarecimentos sobre as atividades da assessoria.

Wylie afirmou que Steven Bannon, ex-conselheiro político de Donald Trump, teria pedido que fossem criadas propagandas para desencorajar eleitores de irem às urnas nas eleições presidenciais de 2016. O alvo principal era a população negra que poderia votar em Hillary Clinton.

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Em entrevista à CNN, Wylie disse que o objetivo desse pedido era “construir um arsenal de armas informacionais que ele [Steven Bannon] pudesse usar contra a população norte-americana.”

Wylie foi o responsável por revelar o escândalo de vazamento de dados do Facebook. A Cambridge Analytica coletou e o armazenou ilegalmente dados de 87 milhões de perfis da rede social, sendo mais de 440 mil brasileiros.

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As informações foram obtidas a partir de um teste de personalidade criado pelo acadêmico Aleksandr Kogan. Uma brecha nos termos de uso do Facebook permitia que os desenvolvedores de aplicativos tivessem acesso aos dados dos usuários e também de todos os contatos do perfil.

O dono do Facebook, Mark Zuckerberg, prestou esclarecimentos ao Congresso norte-americano e garantiu que os termos de uso da rede social foram atualizados, em 2014, para impedir esse tipo de ação. Ele apresentou como uma medida de proteção a checagem de todos os aplicativos que estão ativos na plataforma.

Nesta semana, Zuckerberg aceitou ir ao Parlamento Europeu para explicar o vazamento de dados. Além da possível relação da campanha de Trump com a consultoria, suspeita-se que os dados obtidos na rede social também tenham sido usados para influenciar o resultado do plebiscito do Brexit, que decidiu pela saída do Reino Unido da União Europeia.

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