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Em uma cratera de 500 metros de profundidade, perdida no meio do deserto ocre do Negev, no sul de Israel, seis "astronautas análogos" - termo usado para descrever pessoas que reproduzem, na Terra, longas missões espaciais - vão simular as condições de vida em Marte
Jack Guez/AFP - 10.10.2021
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Neste quadro peculiar de Mitzpé Ramon, a maior cratera de erosão do mundo com 40 km de extensão, o Fórum Espacial Austríaco (OeWF) instalou sua "base marciana", em colaboração com a agência espacial israelense, no âmbito da missão Amadee-20. Inicialmente, a simulação estava planejada para começar no ano passado, mas foi adiada, devido à pandemia de Covid-19
Jack Guez/AFP - 10.10.2021
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A cratera, o deserto rochoso e as cores laranja do horizonte lembram a paisagem de Marte, mas a gravidade e o frio nem tanto. "Aqui temos temperaturas de 25°C a 30ºC. Em Marte, é -60ºC, e a atmosfera é irrespirável", relata o austríaco Gernot Grömer, que supervisiona a missão
Jack Guez/AFP - 10.10.2021
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Por quase um mês, até o final de outubro, a equipe formada por membros de Portugal, Espanha, Alemanha, Holanda, Áustria e Israel vão viver isolados do mundo nesta "estação marciana". Poderão sair somente de traje especial, como se estivessem, de fato, no Planeta Vermelho
Jack Guez/AFP - 10.10.2021
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Todos os membros da "tripulação" são voluntários e tiveram de passar por diversos testes físicos e psicológicos para participar
Jack Guez/AFP - 10.10.2021
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O Fórum Espacial Austríaco, uma organização privada que reúne especialistas do setor aeroespacial, firmou uma parceria com o centro de pesquisa israelense D-MARS para construir a base em forma de polígono, movida a energia solar. Por dentro, o conforto é espartano com uma pequena cozinha e beliches. A maior parte do espaço é para experimentos científicos
Jack Guez/AFP - 10.10.2021
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No futuro, seus resultados podem ser cruciais, já que a NASA, a agência espacial norte-americana, considera enviar uma primeira missão tripulada a Marte na década de 2030
Jack Guez/AFP - 10.10.2021
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Durante o mês em que simularão a vida de Marte na Terra, os astronautas análogos terão de testar um protótipo de drone que funciona sem GPS, assim como veículos autônomos movidos a energia eólica e solar para mapear o território
Jack Guez/AFP - 10.10.2021
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Microbiologista de formação, a alemã Anika Mehlis, única mulher do grupo, ficará encarregada de avaliar as possibilidades de contaminação microbiana, ou seja, o risco de introdução de bactérias terrestres em Marte que poderiam matar qualquer tipo de vida no Planeta Vermelho."Seria um grande problema", afirma, apontando para o que é considerado um dos maiores desafios na conquista do espaço
Jack Guez/AFP - 10.10.2021
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Além de testar equipamentos e tecnologias, a missão também quer estudar o comportamento humano, especialmente o impacto do isolamento nos astronautas
Jack Guez/AFP - 10.10.2021