O Observatório Didático de Astronomia Lionel José Andriatto, da Unesp (Universidade Estadual Paulista), localizado no campus da cidade de Bauru, registrou a nebulosa de Órion de um modo nunca feito antes. As imagens foram realizadas no dia 8, enquanto ... O Observatório Didático de Astronomia Lionel José Andriatto, da Unesp (Universidade Estadual Paulista), localizado no campus da cidade de Bauru, registrou a nebulosa de Órion de um modo nunca feito antes. As imagens foram realizadas no dia 8, enquanto fotografavam um cometa. Na imagem, a nebulosa fica visivelmente próxima às Três Marias, também conhecidas por Cinturão de Órion
* Estagiária do R7, sob supervisão de Filipe Siqueira Reprodução/Observatório de Astronomia da Unesp
O astro foi registrado por meio de um telescópio motorizado que acompanha o movimento de rotação da Terra, juntamente com uma câmera digital unida ao dispositivo. Por serem um astro de brilho fraco, as nebulosas não podem ser fotografadas com apenas um... O astro foi registrado por meio de um telescópio motorizado que acompanha o movimento de rotação da Terra, juntamente com uma câmera digital unida ao dispositivo. Por serem um astro de brilho fraco, as nebulosas não podem ser fotografadas com apenas um clique. "É preciso usar certas técnicas específicas e ter muita paciência. Nem nossos olhos conseguem enxergar as cores da nebulosa, por ser tão fraco o seu brilho. Ao observar pelo telescópio, nosso olho apenas vê uma manchinha esbranquiçada", explica o professor Rodolfo Langhi, coordenador do Observatório Reprodução/Observatório de Astronomia da Unesp
As cores da nebulosa aparecem apenas quando registradas fotograficamente, por isso várias imagens são feitas na mesma condição. As fotos passam por um software específico que reúne todas as fotos em uma única imagem, o que realça e define os detalhes. ... As cores da nebulosa aparecem apenas quando registradas fotograficamente, por isso várias imagens são feitas na mesma condição. As fotos passam por um software específico que reúne todas as fotos em uma única imagem, o que realça e define os detalhes. Por fim, é realizado um tratamento que destaca partes que não apareciam, mas estavam no arquivo. "É neste tratamento que eliminamos ruídos na imagem e tentamos reduzir os efeitos ruins da poluição luminosa, causada pelo excesso de luz dos postes urbanos mal projetados", esclarece Guilherme Bellini, monitor do observatório Reprodução/Observatório de Astronomia da Unesp
A imagem da esquerda mostra a nebulosa conforme registrada pela equipe do observatório, ou seja, "nua e crua". Na direita, a mesma foto, após tratamento e processamento. A diferença é nítida; porém, todos os detalhes da nebulosa estão na foto da esquer... A imagem da esquerda mostra a nebulosa conforme registrada pela equipe do observatório, ou seja, "nua e crua". Na direita, a mesma foto, após tratamento e processamento. A diferença é nítida; porém, todos os detalhes da nebulosa estão na foto da esquerda, mas só foram revelados após o tratamento da imagem, o que não é fácil e exige bastante cuidado, detalha Bellini: "Se exagerarmos no tratamento, a foto da nebulosa pode ficar um tanto artificial"
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