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Galáxia 'invisível' é descoberta por astrônomos, a partir de objeto celeste misterioso

Futuramente, responsáveis pelo estudo esperam que o telescópio espacial James Webb possa trazer novas informações do corpo celeste

Tecnologia e Ciência|Mariana Pacheco*, Do R7

A galáxia jovem produz estrelas em uma velocidade muito rápida
A galáxia jovem produz estrelas em uma velocidade muito rápida A galáxia jovem produz estrelas em uma velocidade muito rápida

Há algum tempo, um objeto celeste misterioso gerou debate entre astrônomos. Em estudo publicado no jornal acadêmico The Astrophysical Journal, as características do objeto foram descritas e declaradas como sendo as de uma galáxia.

O jovem sistema gravitacionalmente ligado possui uma velocidade intensa de formação de estrelas (mil vezes a taxa apresentada pela Via Láctea), é um corpo escuro, compacto e que só pode ser observado com o auxílio do telescópio Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (Alma) — cuja tecnologia avançada possibilita analisar a luz dos objetos mais frios do Universo.

Por se tratar de uma galáxia com essas características, o objeto se torna quase invisível, o que dificultou a identificação dele. Apesar disso, o maior projeto astronômico terrestre, localizado nos Andes chilenos, permitiu a observação a partir da lente gravitacional, "desvendando" um objeto bem enigmático.

Essa técnina é uma espécie de efeito lupa e se relaciona com a Teoria da Relatividade, de Albert Einstein. Tal princípio explica como funcionou a observação da nova galáxia, na qual os objetos com grandes massas distorcem a luz vinda de fontes mais distantes — quanto maior o objeto, mais dramática a curvatura. Com isso, as imagens são ampliadas, o que permite análises mais precisas.

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"Dessa forma, grandes corpos celestes atuam como uma espécie de enorme lente cósmica que faz com que as galáxias de 'fundo' pareçam maiores e mais brilhantes, permitindo que sejam identificadas e estudadas", explicou o astrofísico Marika Giulietti ao site Popular Mechanics.

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O coautor do estudo e líder do grupo de pesquisa destacou a importância da nova descoberta: "Galáxias distantes, jovens, compactas, caracterizadas por vigorosa formação de estrelas, em grande parte obscurecidas por poeira, e que possuem um riquíssimo reservatório de gás, são precursoras das galáxias quiescentes massivas, que vemos no Universo local e, portanto, fornecem informações muito valiosas sobre os processos que levam à formação e evolução dessas estruturas durante a história do Cosmos".

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A equipe responsável pelo estudo também acredita que em futuro próximo seja possível que o telescópio espacial James Webb traga novas informações e características do corpo celeste.

*Estagiária do R7, sob supervisão de Filipe Siqueira

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