Golpes bancários fazem mais de 17 mil vítimas por dia no Brasil
Empresa de cibersegurança detectou 1,6 milhão de ações de criminosos para roubar dados bancários durante a pandemia de covid-19
Tecnologia e Ciência|Sofia Pilagallo, do R7*
O dfndr lab, laboratório de cibersegurança da Psafe, afirmou na quarta-feira (7) que os golpes bancários seguem sendo os ataques mais frequentes durante a pandemia. Só no Brasil, foram registradas desde o início do ano mais de 1,6 milhão de detecções, o que representa uma média de mais de 17 mil ataques diários. Na sequência, está a clonagem de WhatsApp, que, segundo projeções, vitimiza cerca de 15 mil brasileiros por dia.
Em ambos as fraudes, são diversas as iscas utilizadas pelos cibercriminosos para atrair as vítimas. Entre elas, as mais usadas são supostas promoções, falsas vagas de emprego e falso cadastramento em programas de auxílio do governo.
De acordo com os especialistas do laboratório, os golpistas costumam utilizar os dados pessoais obtidos ilicitamente para a criação de ataques de phishing. O termo, que vem do inglês "fishing" (pesca, em português), remete a ataques que usam como isca e-mails ou mensagens instantâneas fraudulentas. Ao clicar no link, os usuários têm seus dispositivos infectados com malwares utilizados para roubar informações pessoais.
Muito frequentemente, os fraudadores ainda se aproveitam de técnicas de engenharia social para acessar outras informações da pessoa, como senhas com as quais conseguem acessar indevidamente contas bancárias e contas em redes sociais. Com isso, os cibercriminosos podem fazer qualquer tipo de chantagem com a vítima, ou até mesmo se passar por ela para enganar seus amigos e familiares, buscando obter algum lucro financeiro.
Para evitar ser vítima deste tipo de golpe, o dfndr lab orienta aos usuários algumas medidas fundamentais: ter um bom sistema de segurança instalado no celular, comprar apenas em sites confiáveis, não fornecer dados pessoais ou bancários na internet e, por fim, ativar a autenticação em dois fatores no WhatsApp para criar uma camada extra de segurança.
*Estagiária do R7 sob supervisão de Pablo Marques