Um estudo publicado pela revista científica Science mostra que aproximadamente 1 milhão de anos atrás a humanidade chegou à beira da extinção, com o número de indivíduos reprodutores diminuindo para apenas 1% do que era. Ele constata que a população de hominídeos ficou em estado crítico durante 100 mil anos ou mais devido a uma falha genética. Joshua Akey, geneticista evolucionista da Universidade de Princeton, afirmou que o estudo tem como base um novo método para estimar o número de indivíduos antigos, fornecendo informações sobre um momento crítico para a nossa linhagem e assim preencher o quebra-cabeça da história evolutiva da humanidade. Haipeng Li, um genomicista do Laboratório Principal de Biologia Computacional, e Yi-Hsuan Pan, genomicista da East China Normal University, se juntaram para fazer a análise das populações antigas de seres humanos e averiguar o motivo da diminuição estrondosa de indivíduos. Usando esse método, eles perceberam que, em dez populações africanas, alterações genéticas apareceram nos genomas previamente sequenciados. Assim viram que 99% do indivíduos reprodutores morreram, diminuindo de 100 mil para 1.280. Eles não descobriram ao certo o que levou a nossa espécie à beira da extinção, no entanto, Pan e Li ressaltam que períodos de glaciação, temperaturas mais baixas da superfície do mar ou secas podem ter desempenhado um papel importante.Homo naledi: Cientistas descobrem novo ancestral humano