Julho bate recorde e se torna o mês mais quente da história do planeta
Dados foram revelados por cientistas do painel de mudanças climáticas Copernicus, da União Europeia
Tecnologia e Ciência|Do R7, com Reuters
O mês passado foi o julho mais quente já registrado, com temperaturas anormalmente altas registradas tanto na terra quanto no mar, disse o painel de mudanças climáticas Copernicus, da União Europeia, nesta terça-feira (08).
Os cientistas alertaram no final do mês passado que julho estava a caminho de se tornar o mês mais quente do mundo já registrado.
Este ano é o terceiro mais quente até agora, disse a vice-chefe da Copernicus, Samantha Burgess.
“Acabamos de testemunhar as temperaturas globais do ar e as temperaturas globais da superfície do oceano estabelecendo novos recordes históricos em julho”, afirmou ela.
“Isso mostra a urgência de esforços ambiciosos para reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa, que são o principal fator por trás desses recordes."
A média de temperatura de julho foi de 16,95 graus Celsius, bem acima do recorde anterior, de julho de 2019, que registrou 16,63 graus Celsius.
Junho também superou o recorde anterior de temperatura daquele mês, de acordo com a Copernicus, que baseia seus cálculos em um conjunto de dados que remonta a 1950.
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Temperaturas sufocantes têm afetado áreas consideráveis do planeta, com recordes de calor registrados desde o Vale da Morte, no Estado norte-americano da Califórnia, até um município do noroeste da China, enquanto o Canadá e o sul da Europa combatem incêndios florestais.
“O clima extremo que afetou muitos milhões de pessoas em julho é, infelizmente, a dura realidade da mudança climática e uma amostra do futuro”, afirmou o Prof. Petteri Taalas, Secretário-Geral da Organização Meteorológica Mundial.
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