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Tecnologia e Ciência

Marte: chip usado em robô da Nasa é menos avançado que um celular

Processador PowerPC 750 é o mesmo utilizado nos computadores iMac, da Apple, do final da década de 1990

Tecnologia e Ciência|Sofia Pilagallo, do R7*

Rover Perseverance pousou na superfície de Marte em 18 de fevereiro
Rover Perseverance pousou na superfície de Marte em 18 de fevereiro

O rover Perseverance, da Nasa, a agência espacial norte-americana, que pousou na superfície de Marte em 18 de fevereiro, funciona a partir do PowerPC 750, um processador com apenas 10,4 milhões de transistores — quantidade mil vezes inferior a alguns smartphones modernos —, utilizado nos computadores iMac, da Apple, do final da década de 1990. É o que revelou na última sexta-feira (26) o portal americano New Scientist.

Segundo o portal, apesar de a agência espacial poder arcar com o custo de chips de alto desempenho, como o CPU Core i9-10900K, da Intel, um processador tão avançado acarretaria em prejuízo, dadas as condições únicas de operação no planeta vermelho.

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Isso porque a atmosfera marciana oferece muito menos proteção contra a radiação nociva e partículas carregadas do que a atmosfera da Terra. Uma forte explosão de radiação pode destruir seriamente os eletrônicos sensíveis de um chip moderno — e quanto mais complexo o processador, maior a chance de isso acontecer.

Para tornar o sistema mais durável, o processador PowerPC 750 é ligeiramente diferente dos chips dos antigos iMacs. Trata-se de um RAD750, uma variante espacial reforçada contra a radiação que custa mais de U$ 200.000 (R$ 1.153.420). O processador alimenta ainda o rover Curiosity, o Telescópio Espacial Fermi e as sondas Reconnaissance Orbiter e Deep Impact, todos instrumentos espaciais da Nasa.


Embora o chip possa ser fraco em comparação com um smartphone da atualidade, a Nasa observa que o Perseverance é muito mais poderoso do que rovers anteriores, como o Spirit e o Opportunity. Com uma velocidade de 200 MHz e 2GB de memória, ele é dez vezes mais rápido e tem oito vezes mais capacidade de armazenamento do que os demais.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Pablo Marques

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