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Tecnologia e Ciência

Não brinque com a Momo! Seus dados pessoais podem ser roubados

Circula pelas redes sociais um número de celulares de um monstro ou fantasma que supostamente sabe detalhes da vida de todo mundo

Tecnologia e Ciência|Pablo Marques, do R7

Imagem do perfil que viralizou na Internet
Imagem do perfil que viralizou na Internet

Um número de celular com o código do Japão, uma figura sinistra na foto de perfil do WhatsApp e a habilidade de saber informações particulares de todo mundo. Esses são os elementos que fizeram a fama da Momo, uma brincadeira que está movimentando a internet há dias.

A Momo pode ser mais do que uma experiência assustadora pelo celular. Dados pessoais podem ser roubados a partir da tentativa de estabelecer uma conversa pelo aplicativo de mensagens. A estratégia usada pelos criadores da Momo para provocar espanto é conhecida como engenharia social.

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"A engenharia social é uma forma de induzir alguém a compartilhar informações particulares mesmo sem perceber", explica Emilio Simoni, diretor do dfndr lab.

Não é preciso ser nenhum fantasma ou monstro aterrorizante para obter informações de qualquer um na internet. Ao iniciar uma conversa com um número desconhecido pelo WhatsApp, o outro usuário tem acesso ao nome, sobrenome e à foto de perfil.


"A Momo é uma nova lenda urbana. As pessoas recebem na conversa os dados que estão abertos em suas próprias contas nas redes sociais. O número de celular, por exemplo, pode estar vinculado ao perfil no Facebook", explica Simoni.

O golpe da Momo


Após a viralização de toda essa história, golpistas estão usando a Momo para atrair novas vítimas. Segundo o dfndr lab, as pessoas estão sendo convencidas a clicar em links falsos ou baixar aplicativos espiões ao tentarem contato com o perfil misterioso. A consequência disso é ter a privacidade invadida por terceiros.

"Inicialmente, números de outros países eram usados na brincadeira, mas já foram identificados até números no Brasil. O ideal é não se expor aos riscos e bloquear qualquer número desconhecido", aconselha Simoni.


Fake news

Nesta semana, também foram identificadas fake news relacionadas ao assunto. As notícias de que uma menina cometeu suicídio por causa da Momo e de que o celular é infectado automaticamente ao salvar o número são mentiras. O dfndr lab identificou mais de 40 mil compartilhamentos dessas informação falsa.

O WhatsApp não tem um posicionamento oficial sobre a Momo, mas orienta os usuários a não clicarem em links que não conhecem a procedência, não passarem nenhuma informação pessoal e evitar contato com números desconhecidos.

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