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Tecnologia e Ciência

Nasa lança missão para investigar lua de Júpiter com potencial de abrigar um oceano habitável

A missão Europa Clipper, lançada com sucesso nesta segunda-feira (14), buscar explorar o oceano oculto sob a superfície de gelo de Europa, uma das luas de Júpiter

Tecnologia e Ciência|Do R7

Foto da superfície de Europa, coberta de gelo Reprodução/NASA/JPL-Caltech/SETI Institute

A Nasa deu início a uma das missões mais aguardadas dos últimos anos com o lançamento do Europa Clipper, um orbitador projetado para explorar a lua Europa. A espaçonave decolou a bordo de um foguete SpaceX Falcon Heavy do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, nesta segunda-feira (14), após um breve atraso causado pelo furacão Milton. O objetivo central da missão é investigar as características do oceano escondido sob a espessa camada de gelo que cobre a superfície da lua, considerado um dos locais mais promissores do Sistema Solar para a busca de vida fora da terra.

O Europa Clipper, que está planejado para chegar à órbita de Júpiter em abril de 2030, carrega instrumentos científicos sofisticados para estudar detalhadamente a estrutura do oceano de Europa, bem como sua interação com a camada de gelo e a composição da lua. A Nasa afirma que essa investigação detalhada pode revelar informações cruciais sobre a habitabilidade do oceano, que é estimado ter duas vezes mais água do que todos os oceanos da Terra combinados.

A espaçonave irá analisar a composição das partículas expelidas por colunas de vapor d’água, verificando a presença de elementos químicos que sustentariam vida, como moléculas orgânicas. Segundo a Nasa, esses dados ajudarão a determinar se as condições químicas e físicas do oceano de Europa são compatíveis com ambientes habitáveis.

Durante a missão, a espaçonave realizará cerca de 50 sobrevoos próximos à lua, chegando a 25 quilômetros acima da superfície. Cada passagem será uma oportunidade de captar dados sobre as condições do gelo e do oceano, e de criar imagens de alta resolução da superfície da lua. A estratégia de sobrevoos frequentes e curtos foi escolhida para minimizar a exposição do orbitador à intensa radiação de Júpiter, que poderia danificar seus componentes eletrônicos. A proteção dos instrumentos é garantida por uma estrutura reforçada de titânio e alumínio.

Embora a missão Europa Clipper não tenha como objetivo direto detectar sinais de vida, ela representa um passo significativo para a compreensão das condições em outros corpos celestes que poderiam abrigar formas de vida. A espaçonave fornecerá uma análise detalhada da geologia e da química de Europa, possibilitando à organização americana avaliar melhor as futuras missões que possam explorar ainda mais o potencial do oceano subterrâneo da lua.

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