Lagarta-cachorrinho: conheça a taturana venenosa que mandou apresentadora para o hospital
O animalzinho é apenas a fase larval, que dura cerca três meses, de uma belíssima mariposa
Tecnologia e Ciência|Matheus Borges, do R7*
A jornalista e apresentadora Sandra Annenberg contou nas redes sociais que na semana passada foi para o hospital após pisar em uma taturana (fase larval e peçonhenta de alguns insetos) até então desconhecida para ela. Ao ser atendida, foi informada que o animal que lhe causou tanta dor era uma lagarta-cachorrinho.
Em um vídeo, ela contou que viu o bichinho do lado de fora de casa e o filmou para mostrar para seu marido. Como estava descalça, acabou por pisar no animal sem querer, o que causou ferimentos e queimação na sola do pé.
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Mas o que são as lagartas-cachorrinho e como elas podem ser perigosas para humanos?
Essa criaturinha peluda e fofa pode ter vários nomes, como lagarta-gatinho e até lagarta-lobo, e pode ser vista em jardins. No entanto, sua ternura está somente na aparência, já que seus "pelos" escondem espinhos pontiagudos que liberam uma substância tóxica ao entrar em contato com a pele humana, causando desconforto e dores muito fortes.
Segundo o biólogo Henrique Charles afirmou em seu canal do YouTube, esses membros da família Megalopygida, quando se sentem ameaçados, são capazes de injetar uma substância que causa ardência e irritação em animais.
Ainda que os sintomas tenham sido tratados e a apresentadora pôde voltar rapidamente para casa, Charles ressaltou que os médicos erraram na hora de atendê-la.
Ele explicou que os profissionais usaram soro para cuidar da ferida, algo que não é necessário nesses casos, por conta de não haver nenhum risco de morte. Seria diferente caso a lagarta fosse uma Lonomia, espécie que pode causar hemorragias e necessita de um soro específico para combater o perigoso veneno da corrente sanguínea da pessoa.
Em um manual de prevenção de acidentes, o Instituto Butantan ressalta que acidentes com taturanas da família Megalopygidae causam dor intensa no local do contato, e orienta a todos que tenham cuidado "ao tocar em troncos de árvores e plantas no jardim".
*Sob a supervisão de Filipe Siqueira
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