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Robô da Nasa encontra pedra semipreciosa no solo de Marte

Mineral chamado olivina não é muito comum na superfície da Terra e apresenta resistência a altas temperaturas

Tecnologia e Ciência|Sofia Pilagallo*, do R7

Esta é a terceira amostragem coletada pelo robô Perseverance no solo marciano
Esta é a terceira amostragem coletada pelo robô Perseverance no solo marciano Esta é a terceira amostragem coletada pelo robô Perseverance no solo marciano

Depois de recolher a terceira amostragem do solo de Marte com a ajuda do robô Perseverance, a Nasa, a agência espacial americana, identificou na superfície do planeta vermelho a presença de uma pedra semipreciosa chamada olivina. O feito foi registrado pelas câmeras do Perseverance, e as fotos, publicadas no Twitter da Nasa.

Segundo o portal de notícias Infobae, a olivina não é muito comum na superfície da Terra, podendo ser encontrada em maior extensão no manto superior do nosso planeta, situado a 70 quilômetros de profundidade. Apesar disso, vários pedaços dessa pedra foram espalhados pela ilha de La Palma, na Espanha, após a erupção do vulcão Cumbre Vieja, o que manteve a comunidade em estado de alerta. A pedra apresenta alta resistência a temperaturas elevadas e, por isso, é geralmente utilizada para a produção de joias, mas pode ser aplicada também em processos industriais e metalúrgicos.

Pedra tem cor esverdeada
Pedra tem cor esverdeada Pedra tem cor esverdeada

A partir dessa terceira amostra, a Nasa visa conseguir informações geológicas sobre Marte, sobretudo a cratera de impacto Jezero, que há milhões de anos abrigava um lago e, possivelmente, sinais de vida microbiana antiga. Investigar esses sinais é o principal objetivo da missão Mars Perseverance 2020, que chegou ao planeta vermelho em fevereiro deste ano.

Na primeira coleta do robô, em setembro, a rocha retirada da superfície estava muito pulverizada para ser estudada e foi somente na segunda tentativa que se conseguiu coletar um material passível de análise. Resta agora esperar um tempo até que os primeiros resultados sejam divulgados, pelos quais a comunidade científica aguarda ansiosamente.

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Opção para conter a crise climática

Uma questão curiosa é que, segundo uma investigação de dois especialistas, o geólogo Matthijis Smit e o professor Klaus Mezger, o mineral foi um importante componente para o processo de oxigenação e vida na Terra, uma vez que as reações químicas desse mineral bloquearam o oxigênio em contato com a água.

"Depois dessa mudança, o planeta se tornou muito mais habitável e adequado para a evolução da vida complexa", afirmou Smit em comunicado. Em outras palavras, a olivina poderia ser uma opção viável para conter a crise climática no futuro.

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Vale ressaltar ainda que, por meio de um processo conhecido como "intemperismo molhado", no qual rochas finamente moídas são espalhadas na superfície e no mar, um "sequestro de carbono" poderia ser gerado, o que também contribuiria, a longo prazo, para a desaceleração do aquecimento global.

Pelo fato de a olivina ser um mineral que reage facilmente com o dióxido de carbono da atmosfera, trata-se de opção bastante válida que vem sendo amplamente estudada pelos cientistas.

*Estagiária do R7, sob supervisão de Fábio Fleury

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