Sonda da China pousa no lado oculto da Lua em missão para colher amostras lunares
Chang’e-6 é a segunda missão chinesa que atinge o lado mais distante da Lua em relação à Terra; nenhum outro país chegou na região
Tecnologia e Ciência|Do R7
A nave não tripulada chinesa Chang’e-6 pousou na lado oculto da Lua na noite deste sábado (01) completando uma missão histórica de recuperar as primeiras amostras de rocha e solo do hemisfério lunar escuro.
De acordo com a agência de notícias Reuters, a aterrissagem eleva o status de potência espacial da China na corrida global à Lua. Países como os Estados Unidos esperam explorar minerais lunares para sustentar missões de astronautas e bases lunares de longo prazo na próxima década.
A Administração Espacial Nacional da China (CNSA, sigla em inglês) informou que a Chang’e-6, equipada com uma série de ferramentas e seu próprio lançador, pousou em uma gigantesca cratera de impacto chamada Bacia do Pólo Sul-Aitken, no lado da Lua voltado para o espaço, às 6h23, horário de Pequim.
A sonda foi lançada no dia 3 de maio no foguete chinês Longa Marcha 5 do Centro de Lançamento de Satélites de Wenchang, na ilha de Hainan, no sul, e alcançou a vizinhança lunar cerca de uma semana depois, antes de estreitar sua órbita em preparação para o pouso. Está programada que a aeronave conclua a captação das amostras em dois dias.
A missão é a segunda da China no outro lado da Lua, região que nenhum outro país alcançou. O lado da Lua sempre voltado para longe da Terra é pontilhado de crateras profundas e escuras, tornando a comunicação e a operação de pouso robótico mais difíceis.
Esse foi o terceiro pouso lunar do mundo este ano: o módulo de pouso SLIM do Japão pousou em janeiro, seguido no mês seguinte por um módulo de pouso da startup americana Intuitive Machines.
Os outros países que enviaram naves espaciais para Lua são a então União Soviética e a Índia. Os Estados Unidos são o único país que levou humanos à Lua, a partir de 1969.